
"Em resposta a esta agressão, as Forças Armadas (dos Huthis) levaram a cabo uma operação militar específica contra o porta-aviões norte-americano USS Harry S. Truman e os seus navios de guerra no norte do Mar Vermelho com 18 mísseis balísticos e de cruzeiro e um avião não tripulado", afirmou em comunicado difundido na televisão o porta-voz militar dos insurgentes, Yahya Sarea.
No sábado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou um ataque a posições dos Huthis -- apoiados pelo Irão -- no Iémen, pelas ameaças dos rebeldes de retomar as suas ações contra barcos israelitas e ligados a Israel nos mares Vermelho e Arábico.
Os ataques norte-americanos no Iémen mataram "vários líderes Huthis importantes", informou hoje a Casa Branca, avisando o Irão, apoiante daquele grupo rebelde iemenita, para não se intrometer.
O Irão voltou a negar, hoje, estar a ajudar os Huthis, depois de os Estados Unidos terem lançado ataques aéreos contra os rebeldes, acusando Teerão pelas ações daquele movimento do Iémen.
Os Huthis têm atacado repetidamente navios comerciais internacionais no Mar Vermelho e lançado mísseis e 'drones' contra Israel, em solidariedade para com os palestinianos na Faixa de Gaza, onde Israel está em guerra com o Hamas, outro aliado iraniano.
Os Estados Unidos acusam o Irão de ser responsável pelas ações terroristas dos Huthis.
Hoje, o general Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária paramilitar do Irão, negou que o seu país esteja envolvido nos ataques dos Huthis, assegurando que Teerão "não desempenhou qualquer papel na definição das políticas nacionais ou operacionais" dos grupos rebeldes do Iémen.
Ao anunciar os ataques no sábado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu o "inferno" aos "terroristas Huthis", após as suas ameaças contra o comércio marítimo e contra os interesses de Israel.
Trump exigiu também ao Irão que terminasse o seu apoio aos rebeldes Huthis.
Após o início da guerra de Gaza, em outubro de 2023, os Huthis realizaram vários ataques com mísseis "em solidariedade com os palestinianos" contra Israel e contra navios acusados de terem ligações a Israel.
Os ataques cessaram com a entrada em vigor, a 19 de janeiro, de um cessar-fogo em Gaza, após 15 meses de guerra destrutiva.
Recentemente, o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse que Washington cessará as operações contra os rebeldes se os Huthis terminarem a sua ofensiva.
"Esta campanha é sobre a liberdade de navegação", explicou o chefe do Pentágono.
Os ataques interromperam o tráfego no Mar Vermelho, uma zona marítima vital para o comércio global, levando os Estados Unidos a estabelecer uma coligação naval multinacional e a atacar alvos rebeldes no Iémen, por vezes com ajuda do Reino Unido.
De acordo com o Pentágono, os Huthis "atacaram navios de guerra dos EUA 174 vezes e embarcações comerciais 145 vezes, desde 2023".
IMA (RJP) // ZO
Lusa/fim
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