Os fogos estão a afetar estados como a Califórnia, onde um número sem precedentes de incêndios forçou resgates de milhares de pessoas e evacuações de vastas áreas, Washington, Oregon, Idaho, Colorado e Montana.

Os meteorologistas estimam, porém, uma mudança nas condições do tempo, que podem ajudar a combater os fogos, nomeadamente, uma queda de temperatura de até 15 graus.

"A massa de ar significativamente mais fria está a ajudar a reduzir as condições críticas de incêndio em todo o oeste, no entanto, a maior parte da costa oeste e condados adjacentes têm avisos de bandeira vermelha em vigor durante parte do dia", disse o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos.

Pode ainda haver uma diminuição dos ventos até quinta-feira, "trazendo algum alívio para os incêndios em curso" e para a "ameaça" de mais fogos, segundo os meteorologistas.

Na Califórnia, mais de 14.000 bombeiros estão a combater fogos, sendo que dois dos três maiores incêndios da história do estado estão a arder na Área da Baía de São Francisco.

A Califórnia já bateu um recorde com perto de um milhão de hectares (930.800) ardidos este ano -- ultrapassando o valor de há dois anos.

Vários estudos nos últimos anos têm ligado os cada vez maiores incêndios florestais nos EUA com o aquecimento global provocado pela queima de carvão, petróleo e gás, especialmente porque as mudanças climáticas tornaram o estado da Califórnia muito mais seco, tornando as plantas mais inflamáveis.

"A frequência de condições meteorológicas extremas duplicou na Califórnia nas últimas quatro décadas, com o principal fator a ser o aumento da temperatura nos combustíveis secos, o que significa que as cargas de combustível estão agora em níveis recorde quando a ignição ocorre e quando sopram ventos fortes", afirmou o cientista da Universidade de Stanford Noah Diffenbaugh.

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