Israel não apresentou um plano para proteger os civis durante um possível ataque, lembrou Antony Blinken, na sexta-feira, durante o Fórum Sedona do Instituto McCain, no Arizona.
“Na ausência de tal plano, não podemos apoiar uma operação militar de grande envergadura em Rafah, porque causaria danos além do aceitável”, declarou Blinken.
No sétimo mês de guerra, continuam os bombardeamentos diários israelitas na Faixa de Gaza, ameaçada pela fome.
Os ataques, que causaram 26 mortos nas últimas 24 horas, de acordo com o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas, visaram principalmente Rafah, uma cidade no sul do território palestino sitiado onde Netanyahu quer lançar uma ofensiva terrestre para aniquilar as últimas brigadas do movimento islamita palestiniano.
Para Hossam Badran, membro do gabinete político do Hamas, as declarações de Netanyahu sobre um ataque em Rafah “visam claramente inviabilizar qualquer possibilidade de acordo”.
O Hamas, que assumiu o poder em Gaza em 2007, mantém as suas exigências antes de qualquer acordo, um cessar-fogo definitivo e uma retirada total das forças israelitas de Gaza. Israel recusa esta proposta.
As mais recentes declarações colocam em dúvida a rápida conclusão de um acordo com vista a um cessar-fogo, apesar dos esforços da comunidade internacional, especialmente dos Estados Unidos, principal aliado de Israel.
Durante uma visita ao Médio Oriente esta semana, o Secretário de Estado Antony Blinken apelou ao Hamas para aceitar a oferta de trégua e também instou Israel a abandonar a ofensiva em Rafah.
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