O reforço policial foi justificado pela convocação de uma manifestação, através de mensagens anónimas nas redes sociais, apelando para a paralisação da capital, em protesto contra as avultadas dívidas garantidas pelo Estado para aquisição de equipamento militar e fora das contas públicas.

À semelhança do que já acontecera na quinta-feira, a polícia reforçou a sua presença nas principais entradas da capital e eram igualmente visíveis blindados da Unidade da Intervenção Rápida, força policial especial antimotim.

Parte do comércio fechou e era ao início da manhã notória uma substancial redução de estudantes a dirigirem-se para as escolas, numa capital com a aparência de um dia de fim de semana.

Vários testemunhos deram igualmente conta da diminuição de disponibilidade de meios de transporte, o que também terá contribuído para a redução do habitual fluxo de pessoas a entrar na cidade.

Na segunda-feira, a polícia moçambicana informou que vai reprimir qualquer marcha ilegal, em alusão a mensagens anónimas que circulam nas redes socais convocando manifestações contra a recente descoberta de avultadas dívidas secretamente contraídas pelo Estado.

Com a recente descoberta de dívidas contraídas à revelia da Assembleia da República, circulam nas redes sociais mensagens convocando manifestações, uma para hoje e outra convidando os moçambicanos a "paralisarem o país", entre os dias 03 e 07 de maio, datas que coincidem com a visita do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, a Moçambique.

A subida de preços de bens essenciais levou a dois motins em Maputo em 2008 e 2010, deixando um rasto de destruição e vários mortos nas confrontações com a polícia.

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