"Se voltarmos a entrar em guerra, atuaremos com mais força e penetraremos mais profundamente" e "deixará de haver imunidade para o Estado libanês", com Israel a não fazer distinção entre o Governo e o grupo xiita libanês pró-iraniano, acrescentou o ministro.
Durante uma visita às tropas na fronteira entre Israel e o Líbano, Katz apelou ao Governo libanês para que, através das forças armadas, garanta que o Hezbollah permaneça a norte do rio Litani e desmantele as suas infraestruturas.
"Se não o fizerem e todo este acordo se desmoronar, a realidade será muito clara", frisou o governante, garantindo que os israelitas vão atuar com força caso a guerra volte.
O ministro insistiu que Israel vai trabalhar "com todas as suas forças" para fazer cumprir a trégua de 60 dias, em vigor desde o passado dia 27 de novembro. Durante este período, o acordo prevê que o Hezbollah e o exército israelita retirar-se-ão do sul do Líbano para deixar o exército libanês destacado na região.
Israel tem atacado constantemente o sul do Líbano, bem como algumas posições no leste do vale de Bekaa, desde o início da trégua, justificando com a necessidade de garantir o cumprimento do acordo.
Os ataques têm visado posições onde operam as milícias pró-iranianas, segundo as autoridades israelitas.
Na segunda-feira, o presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, acusou Israel de violar o cessar-fogo pelo menos 54 vezes e apelou ao comité que supervisiona a aplicação da trégua para obrigar os soldados israelitas a abandonar o país.
O ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, afirmou, por seu lado, que Israel estava simplesmente a "fazer cumprir" o acordo, que prevê a retirada dos combatentes do Hezbollah a norte do rio Litani e a retirada gradual.
A guerra entre Israel e o Hezbollah prolonga-se há mais de um ano, na sequência do conflito na Faixa de Gaza, iniciado em 07 de outubro de 2023.
Desde 23 de setembro passado, as forças israelitas começaram a bombardear intensamente o Líbano e, uma semana mais tarde, iniciaram uma invasão terrestre no sul do país.
As hostilidades já provocaram cerca de quatro mil mortos no Líbano, a maioria nos últimos dois meses, acima de 1,2 milhões de deslocados, enquanto cerca de 60 mil pessoas abandonaram as suas casas no norte de Israel.
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