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Num ano marcado pela crise económica, a pandemia agravou ainda mais as dificuldades sentidas pelos angolanos, que mostraram o seu descontentamento nas ruas e encaram agora com mais ceticismo o Presidente que trouxe esperança após décadas de "eduardismo".
No seu terceiro ano de mandato, João Lourenço, o sucessor de José Eduardo dos Santos, que dirigiu os destinos de Angola durante quase 40 anos, experimentou o desencanto e a desconfiança.
Apesar de continuar a erguer a bandeira da luta contra a corrupção, João Lourenço não conseguiu evitar que se abrissem brechas e crescesse o distanciamento entre si e os angolanos, que viveram um ano dominado pelas incertezas, desemprego e aumento da pobreza.
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