Segundo os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (BdP), a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação (incluindo contratos totalmente novos e contratos renegociados) passou de 3,55% em agosto para 3,47% em setembro, encontrando-se em queda há 11 meses consecutivos.

A taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,06 pontos percentuais, fixando-se em 3,37%, enquanto nos contratos renegociados decresceu 0,12 pontos percentuais, para 3,85%.

No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação recuou 0,10 pontos percentuais (uma diminuição superior à verificada em Portugal), para 3,59%, apresentando Portugal a sétima taxa de juro média mais baixa e ficando abaixo da média da área do euro.

Já nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações desceu de 9,10% em agosto para 9,03% em setembro, enquanto nos empréstimos para outros fins caiu 0,20 pontos percentuais para 4,90%.

Os dados hoje divulgados pelo BdP apontam ainda que as novas operações de empréstimos aos particulares (incluindo contratos totalmente novos e contratos renegociados) totalizaram 2.728 milhões de euros em setembro, menos oito milhões do que em agosto.

Os novos contratos de empréstimos a particulares cresceram sete milhões de euros, para 2.280 milhões, sendo que, na finalidade de habitação, este montante atingiu 1.545 milhões de euros, menos 30 milhões do que em agosto.

Apesar desta "ligeira redução", o BdP nota que o montante de novos contratos nesta finalidade "foi o segundo mais elevado desde março de 2022".

Pelo contrário, verificou-se em setembro um aumento do montante de novos contratos nas finalidades de consumo (+19 milhões de euros, para 511 milhões) e outros fins (+17 milhões de euros, para 224 milhões).

Quanto ao montante de renegociações de crédito, recuou 14 milhões de euros, para 448 milhões, sobretudo devido às renegociações de crédito à habitação, que diminuíram oito milhões de euros, para 417 milhões.

No que se refere aos novos depósitos a prazo de particulares, a taxa de juro média caiu pelo nono mês consecutivo, passando de 2,57% em agosto para 2,55% em setembro. O montante de novas operações de depósitos a prazo de particulares somou 11.603 milhões de euros, um aumento de 40 milhões face a agosto.

As novas operações de depósitos a prazo incluem a reaplicação em novos depósitos de montantes anteriormente aplicados em depósitos deste tipo e que atingiram a maturidade em setembro sem renovação automática.

Nos novos depósitos com prazo até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,02 pontos percentuais, para 2,56%, continuando esta a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada, representando 97% dos novos depósitos em setembro.

Já as remunerações médias dos novos depósitos de um a dois anos e a mais de dois anos caíram 0,24 e 0,14 pontos percentuais, fixando-se em 1,99% e 1,97%, respetivamente.

No conjunto dos países da área do euro, a taxa de juro média dos novos depósitos registou uma evolução contrária a Portugal, aumentando 0,02 pontos percentuais para 2,98%.

Segundo o BdP, "Portugal subiu um lugar entre os países da área do euro, sendo agora o país com a sexta taxa mais baixa".

Relativamente aos empréstimos concedidos às empresas, a taxa de juro média das novas operações decresceu 0,25 pontos percentuais (de 5,22%, em agosto para 4,97% em setembro), tendo o seu montante ascendido a 2.081 milhões de euros, mais 273 milhões de euros face ao mês anterior.

Quanto à remuneração média dos novos depósitos a prazo de empresas, passou de 3,07% em agosto para 3,02% em setembro.

Estas novas operações de depósitos totalizaram 7.133 milhões de euros em setembro, mais 1.271 milhões do que no mês anterior, tendo os depósitos a prazo até um ano representado 99% dos novos depósitos a prazo de empresas.

PD // MSF

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