Segundo o relatório e contas de 2021 da empresa, a que a Lusa teve acesso, o conselho de administração da tabaqueira propôs a aplicação de 200 milhões de escudos (1,8 milhões de euros) em dividendos aos acionistas, mantendo o valor dos últimos anos.

Distribuídos pelas 240.000 ações da Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos (SCT), que tem o monopólio da distribuição do tabaco em Cabo Verde, trata-se de um dividendo de 833 escudos (7,6 euros) por cada ação, enquanto os restantes 33,2 milhões de escudos (302 mil euros) serão aplicados em reservas legais da empresa.

A tabaqueira cabo-verdiana viu as vendas de cigarros aumentar 3,2% em 2021, face ao ano anterior, e as vendas disparar 13,6%, para mais de 994 milhões de escudos (nove milhões de euros).

O relatório e contas da SCT acrescenta que a empresa tem atualmente reservas de 458,8 milhões de escudos (4,2 milhões de euros) e que a reserva legal "já atingiu o valor máximo exigido por lei", daí voltar a distribuir o mesmo valor em dividendos face a anos anteriores.

"Devido à incerteza provocada pela pandemia do covid-19 e à expectativa da reforma do quadro legal da indústria tabaqueira no país, a empresa adiou a implementação do Plano de Investimentos", reconhece ainda a tabaqueira, no documento.

A estrutura acionista da SCT é liderada (51,15%) por um Agrupamento de Empresas, com 122.760 ações, seguido do Município do Sal (12,50%), que detém 30.000 ações. As restantes 87.240 ações (36,35%) estão cotadas na Bolsa de Valores de Cabo Verde e distribuídas pelo público em geral, segundo informação da empresa.

Com sede na ilha de São Vicente, a tabaqueira cabo-verdiana fechou 2021 com 40 trabalhadores e uma capitalização bolsista recorde de 523,4 milhões de escudos (4,7 milhões de euros).

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