No discurso que concluiu a apresentação do Compromisso do PCP para as eleições ao Parlamento Europeu, o dirigente comunista aludiu às reuniões ocorridas na quinta-feira com as forças de segurança e, hoje, com os vários sindicatos de professores para assinalar que os alertas que fez nos últimos meses tinham razão de ser.
“Não vale a pena fazer promessas para depois, quando chegarem ao Governo, procurarem todas as justificações para que não cumpram as promessas que estão agora a fazer”, afirmou Paulo Raimundo repetindo uma frase “dita deste janeiro”.
Considerando estar a acontecer exatamente o que afirmou, o dirigente comunista insistiu que “as últimas horas têm sido esclarecedoras, de forma cristalina, desta situação”.
“O atual ministro das contas certas com Bruxelas [Joaquim Sarmento] acusa o anterior ministro das contas certas com Bruxelas [Fernando Medina] de falhar as contas. O atual ministro das contas certas com Bruxelas procura justificações para não cumprir as promessas”, apontou o líder comunista.
E prosseguiu: “veja-se as inconcebíveis propostas avançadas às forças de segurança ontem [quinta-feira], veja-se este truque, hoje, para os professores, que em troca do reconhecimento do tempo de serviço, num dia que há de vir, querem direitos que estavam adquiridos”.
“Esta é a manobra que está em curso”, vincou, aludindo aos alertas que disse ter feito “desde o início do ano e até ao último dia da campanha eleitoral”.
Depois falou do manifesto para mudar a justiça em Portugal: “ainda hoje ficamos a conhecer 50 personalidades, com grandes responsabilidades e influências diversas, que exerceram e exercem grandes responsabilidades públicas e, até, governamentais, que vieram exigir mudanças na Justiça”.
“As mudanças são necessárias, o problema é o tempo que já se perdeu (…), mais vale tarde do que nunca, mas escusávamos de ter chegado ao que chegamos”, criticou Paulo Raimundo, assegurando o compromisso do PCP “para melhorias na Justiça, para que sirva a todos”.
Comentários