Macron fez este pedido considerando que faz parte da região através da Guiana Francesa, que abriga 1,1% da superfície amazónica.

"A França é candidata a aderir à Organização do Tratado de Cooperação Amazónica", anunciou Macron num discurso de política externa aos embaixadores franceses reunidos em Paris para a sua conferência anual.

O Presidente francês insistiu que deseja que "o Brasil e todas as potências da região sejam capazes de aceitar" a sua exigência de candidatura e "permitir a integração", e que a França é "uma potência amazónica através da Guiana".

Macron também explicou que Paris quer ter uma representação que "associe a Guiana Francesa", região limitada a leste e a sul pelo Brasil, a oeste pelo Suriname, que tem uma área de cerca de 84 mil quilómetros quadrados e uma população de 285 mil habitantes.

O pedido foi formalizado três semanas após a Cimeira Amazónica realizada em 08 de agosto na cidade brasileira de Belém, presidida pelo Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.

Macron, que não foi a Belém, enquadrou esta exigência de adesão com o desejo de afirmar as suas regiões ultramarinas na sua política externa.

Na cimeira dos oito países-membros da OTCA, realizada na cidade brasileira Belém, os presidentes da Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela prometeram promover "uma nova agenda" para a cooperação no bioma.

No entanto, os Presidentes evitaram metas específicas de desflorestação e não chegaram a um consenso sobre a exploração de combustíveis fósseis, no marco de uma extensa declaração de 113 pontos que estabeleceu um roteiro para garantir a sobrevivência da floresta.

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