Numa nota oficial colocada no seu site oficial na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa "saúda a saída de Gaza de oito cidadãos sinalizados pelas autoridades portuguesas, dois compatriotas e seis familiares, sublinhando as diligências da diplomacia portuguesa com este resultado positivo".

Na quinta-feira, numa nota em que lamentava a morte de cinco civis num bombardeamento israelita em Gaza, entre as quais de três cidadãos portugueses, e de todas as vítimas do conflito entre Israel e o Hamas, o chefe de Estado manifestara a esperança de que fosse possível a saída daquele território de um grupo de cidadãos luso-palestinianos.

Apesar de se encontrar em Bissau, nas cerimónias do 50.º aniversário da Guiné-Bissau, o Presidente utilizou o seu site oficial para expressar "solidariedade com vítimas civis do bombardeamento no sul de Gaza".

"O Presidente da República espera que, nos próximos dias, seja possível a saída de Gaza para o Egito de um grupo de cidadãos luso-palestinianos", acrescentava a curta mensagem, de dois parágrafos, em que o Estado de Israel não é mencionado.

A ofensiva de Israel em Gaza já dura há 40 dias, depois de o grupo islamita Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia e pelos Estados Unidos da América, ter lançado em 07 de outubro um ataque sem precedentes em território israelita, no qual matou e raptou militares e civis, incluindo crianças.

Segundo o governo israelita, o Hamas fez mais de 1.400 mortos em Israel e levou cerca de 220 reféns, dos quais quatro foram entretanto libertados.

As forças armadas de Israel responderam com bombardeamentos e o corte do abastamento de água, comida, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza, onde vivem mais de dois milhões de pessoas.

As autoridades da Faixa de Gaza reportam mais de 11.000 pessoas mortas pelos bombardeamentos israelitas, entre as quais mais de 4.000 crianças.

JPS (IEL) // PC

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