
A colheita que decorreu entre outubro de 2016 e abril deste ano chegou às 137 mil toneladas de caju produzido e registado pelo Incaju, valor que supera os resultados obtidos nos últimos 30 anos.
Na campanha anterior, a produção registada rondou as 104 mil toneladas, "pelo que se trata de um crescimento significativo e com valor extremamente importante para nossa economia", referiu Santos Frijone.
Estes valores dizem respeito à produção declarada ao Incaju, ou seja, não incluem a totalidade da produção do país que se calcula seja muito superior: Santos Frijone estima que metade da castanha produzida em Moçambique esteja fora do mercado formal.
"Boa parte do que o país produz não passa por nós. Acaba sendo a castanha que abastece as famílias, tanto internamente como para o comércio informal", acrescentou.
No que respeita ao caju declarado, Moçambique já exportou 66 mil toneladas de castanha em bruto, com ganhos da ordem dos 103 milhões de dólares (cerca de 94 milhões de euros), segundo dados do Incaju.
"Foi uma campanha inédita e os resultados foram extraordinários", sublinhou o chefe do Departamento de Economia do Incaju.
Santos Frijone associou os bons resultados à seca que está a abalar a sub-região, lembrando que, ao contrário do que acontece com outras produções, "os cajueiros crescem melhor na estiagem".
A campanha do caju em Moçambique começa em outubro e termina em abril.
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