A conclusão decorre da análise dos dados provisórios de 2016 das contas regionais divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

No ano passado, de acordo com a informação, todas as regiões registaram um crescimento real do PIB: o Algarve (2,6%), o Norte (1,9%), o Centro (1,8%) e a Região Autónoma dos Açores (1,6%) apresentaram variações reais superiores à média nacional, enquanto a Área Metropolitana de Lisboa (1,2%), a Região Autónoma da Madeira (0,9%) e o Alentejo (0,5%) registaram crescimentos menores do que a média do país.

A análise da convergência económica das regiões NUTS III (Unidades Territoriais para Fins Estatísticos) revela uma diminuição das disparidades regionais no período de 2000 a 2015, com as regiões mais pobres a apresentarem taxas de crescimento do PIB per capita e da produtividade muito superior à média do país.

De acordo com o INE, o aumento da atividade do ramo do comércio, transportes, alojamento e restauração, ramo mais relevante na estrutura produtiva da região do Algarve, foi determinante para o crescimento real do PIB desta região.

O desempenho deste ramo foi igualmente importante para o crescimento do PIB ocorrido no Norte e Centro, regiões onde era o segundo ramo de atividade mais relevante nas respetivas estruturas produtivas.

O acréscimo ocorrido no Valor Acrescentado Bruto (VAB) do ramo da indústria e energia nas regiões do Centro (2,2%) e do Norte (2,1%) foi também determinante para apresentarem um crescimento superior à média nacional em 2016. O desempenho oposto verificou-se na região do Alentejo, com um decréscimo de 0,5% no VAB deste ramo.

No ano anterior, e de acordo com as contas finais do INE, o PIB nacional registou um crescimento nominal de 3,9% e real de 1,8%, enquanto o PIB regional, em termos nominais, apresentou variações positivas em todas as regiões, verificando-se as mais acentuadas - e superiores à média nacional - no Alentejo (7,5%), no Algarve (5,2%) e no Centro (4,8%).

Em 2015, na região Norte, o aumento do PIB foi igual à média do país (3,9%), enquanto a Região Autónoma dos Açores (3,3%), a Região Autónoma da Madeira (2,7%) e a Área Metropolitana de Lisboa (2,6%) apresentaram crescimentos nominais inferiores.

A taxa nominal é normalmente divulgada pelas instituições financeiras, enquanto a taxa real é dada pela diferença entre taxa nominal e a inflação do período.

RCP // ROC

Lusa/fim