A OpenAI, empresa liderada por Sam Altman, já tinha dito ter registado tentativas de entidades chinesas para extrair grandes volumes de dados das suas ferramentas de IA.
As interrogações recaem sobre o novo chatbot de código aberto DeepSeek R1, que causou um terremoto tecnológico nos últimos dias com uma reação adversa de adversários de tecnologia como a Nvidia, que perdeu 600 mil milhões de dólares (cerca de 575 mil milhões de euros) se capitalização na segunda-feira, a maior queda diária na história de Wall Street.
"É de vital importância que trabalhemos em estreita colaboração com o Governo dos EUA para proteger melhor os modelos mais capazes, dos esforços de rivais e concorrentes para tomar a tecnologia dos EUA", disse a OpenAI em comunicado.
O texto acusa mesmo diretamente as empresas sediadas na China de "tentarem constantemente destilar os modelos das principais empresas de inteligência artificial dos EUA".
Este processo, conhecido como destilação, baseia-se na aprendizagem de máquinas, permitindo que modelos de IA menos sofisticados sejam treinados a partir de grandes bases de dados de modelos mais eficientes que tenham sido objeto de grandes na fase de desenvolvimento.
As suspeitas da OpenAI levantam a possibilidade de que o desempenho do novo modelo R1 do DeepSeek, que se destaca por ter sido desenvolvido com um investimento muito menor do que as várias versões do ChatGPT, possa ser menos impressionante do que parece.
O sul-africano David Sacks, czar das criptomoedas e da IA do Presidente norte-americano Donald Trump, afirmou na terça-feira que há "provas consistentes" de que a DeepSeek "destilou" conhecimentos dos modelos da OpenAI.
No entanto, a posição da DeepSeek, há dias, ao explicar o seu sucesso, baseava-se no facto de ter conseguido tirar o máximo proveito de chips menos avançados graças a uma "programação inteligente" com o mais alto desempenho.
AJR // MSF
Lusa/fim
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