É conhecido por ser o autor do plano estratégico de recuperação económica para Portugal e ex-ministro da Economia e do Mar do último governo liderado por António Costa, mas poucos conhecem a sua história de vida.

António Costa Silva nasceu há 72 anos em Nova Sintra, Catabola, no Bié, Angola. Aos nove anos descobriu que a vida não é perfeita e era ainda o jovem 'Chíbias', alcunha do tempo da faculdade, quando sofreu na pele os horrores da guerra, foi torturado meses a fio na prisão de São Paulo, em Luanda, e não foi fuzilado por um triz.

No ano que marca os 50 anos da independência, a 11 de novembro de 1975, António Costa Silva publica "Desconseguiram Angola", muito mais do que um romance, um grito de revolta contra a guerra, a destruição e a desumanização.

O livro, que será apresentado hoje ao final da tarde, é o pretexto para uma conversa com o SAPO24, que decidimos dividir em duas partes: a primeira sobre a vida em Angola e a guerra, a segunda sobre a economia e o futuro da União Europeia.

"Desconseguiram Angola" já tinha sido publicado antes, sob pseudónimo. Porquê a reedição, agora com o seu nome?

O livro foi escrito no auge da guerra civil e é um grito de revolta contra a guerra, a destruição, a desumanização e a crueldade a que conduziu, algo que me perturba imenso. E que hoje vemos no mundo, na Ucrânia, em Gaza, no Sudão. Como se alguém tivesse o direito de decidir sobre a vida humana, que é a coisa mais preciosa. A guerra destrói tudo, as pessoas deixam de ter o mínimo de solidariedade, de empatia. 

No caso de Angola, "desconseguiram" é no sentido em que, depois de entrarem em guerra, os senhores da guerra não querem sair dela ou não sabem sair dela, porque aquilo transforma-se num negócio para eles. E é interminável. Esta é a mais longa guerra civil de África, praticamente sem interrupção entre 1975 até 2002 - houve os Acordos Bicesse, mas rapidamente as tréguas eram minadas e recomeçava a guerra. São 26 anos de guerra civil somados aos quase 14 da luta pela libertação nacional, de 1961 até 1974.

Portanto, o livro é sobretudo uma crítica às forças militares e aos seus líderes. Os líderes estão de um lado, do outro está o povo, num sofrimento indizível. E o povo não é culpado, é a maior vítima.

"Uma pessoa fica umbilicalmente ligada ao local onde nasce para o resto da vida"

Nasceu e viveu em Angola até à idade adulta. O que recorda dos tempos de criança, como era a sua vida?

Nasci no centro geodésico de Angola, numa terra chamada Nova Sintra, hoje Catabola. O planalto central é o planalto dos grandes espaços, da luz, do cheiro das frutas, do cheiro da terra, da generosidade do povo angolano. Um espaço que me marcou indelevelmente. Sinto que uma pessoa fica umbilicalmente ligada ao local onde nasce para o resto da vida.

O meu pai tinha uma fazenda de sisal e depois dedicou-se ao comércio. A minha infância foi feliz. Lembro-me de ter uma bicicleta e de circular com ela por toda a parte, ia às feiras, conversava com as pessoas das redondezas, muitas vezes mais velhas. Fiquei sempre fascinado pela fortíssima cultura oral africana, as histórias passam de gerações para gerações.

Livro: "Desconseguiram Angola"

Autor: António Costa Silva

Editora: Guerra e Paz

Data de Lançamento: 28 de janeiro de 2025

Preço: € 17,00

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Lembra-se do momento em que tomou consciência política?

Aos nove anos de idade fui confrontado com um episódio que me marcou para a vida toda. Fui passear com a minha bicicleta, passei na zona do posto local e vi uma série de pessoas acorrentadas pelos pés e pelas mãos. Eram angolanos apanhados pelo chefe do posto e pelos sipaios nas aldeias, que depois eram carregados em camionetas para ir trabalhar nas roças de café do norte de Angola.

Senti que aquilo era profundamente errado e fui pedir explicações ao chefe de posto, ao meu pai, ao meu avô. Fui buscar comida e água a casa e protestei que não havia direito de tratarem as pessoas assim. Foi o meu primeiro ato político.

Depois continuei. Quando cheguei à Universidade de Luanda incorporei o movimento associativo, na altura tentávamos fundar a associação de estudantes, com todas as tensões que isso criou com o regime colonial português. Em 1974, criámos os Comités Amilcar Cabral, declaradamente para apoiar a independência de Angola.

E escolhemos, entre os movimentos de libertação nacional, o MPLA [Movimento Popular de Libertação de Angola], que nos parecia na altura aquele que podia protagonizar uma melhor mudança para o país.

"Tinha nove anos, fui passear com a minha bicicleta, e vi uma série de pessoas acorrentadas pelos pés e pelas mãos"

Quando olha para Angola, 50 anos depois, o que correu mal?

O balanço triste que podemos fazer 50 anos depois da independência é o "desconseguimos". Eu estava no Largo 1.º de Maio, em Luanda, na noite mágica do 11 de Novembro de 1975, quando às zero horas o presidente Agostinho Neto proclamou a independência de Angola perante África e perante o mundo.

As pessoas que estavam ali, e que representavam gerações e gerações de patriotas angolanos que lutaram pela independência, tinham o sonho de uma Angola diferente, mais igual e sem repressão, que desse oportunidades de vida a todas as pessoas. Hoje, mais de 80% da população angolana continua abaixo da linha de pobreza e luta no dia a dia para sobreviver. Temos de nos perguntar que caminho foi este. 

A certa altura, há no livro um capítulo que faz a descrição quase metódica da destruição do país.

"O soro da razão", como lhe chamei. Numa das suas peças ["Hamlet"], Shakespeare escreve que há um método na loucura. Também houve um método na loucura angolana que levou à guerra civil e à destruição do país. 

Isso também está relacionado com a situação em que o movimento de libertação nacional se encontrava. Na altura, o MPLA estava dividido em três fações, e depois existia a FNLA [Frente Nacional de Libertação de Angola] e a UNITA [União Nacional para a Independência Total de Angola]. Mesmo na noite do 11 de Novembro, ouvíamos a deflagração de morteiros nos arredores de Luanda, porque a FNLA tentava a todo o custo tomar a capital. O parto de Angola foi muito difícil.

"Hoje, olhamos e mais de 80% da população angolana continua abaixo da linha de pobreza e luta no dia a dia para sobreviver"

Podemos dizer que o livro é autobiográfico?

Estou um bocadinho em várias personagens, sobretudo na parte do regresso à infância. O livro contrasta tudo o que se está a passar com esses lugares da infância, o país que existia, e critica obviamente a questão da opressão colonial. O regime colonial português era de uma opressão absoluta sobre o povo angolano, ao contrário do que dizem algumas correntes de historiadores em Portugal.

"Desconseguiram Angola". Este é o romance que o ex-ministro António Costa Silva escreveu sob pseudónimo
"Desconseguiram Angola". Este é o romance que o ex-ministro António Costa Silva escreveu sob pseudónimo
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Não era um colonialismo suave, como muito contam?

Não existe colonialismo suave. Rejeito essa ideia, tive oportunidade de ver. É evidente também não podemos esquecer que as Forças Armadas Portuguesas foram absolutamente decisivas, porque a luta de libertação nacional em Angola - como em Moçambique ou na Guiné Bissau -, esteve ligada ao movimento de luta contra o fascismo em Portugal.

O livro é apenas sobre a guerra civil de Angola ou é sobre todas as guerras?

É sobre todas as guerras e o que elas provocam. Um dos grandes dilemas da espécie humana é a questão da escolha. Temos livre-arbítrio, podemos optar entre o bem e o mal, mas muitas vezes escolhemos o mal. O livro também tem esta questão central, este conflito. Mas, se calhar, o instinto predador está inscrito na antiguidade africana, na antiguidade clássica, basta ler Homero, "A Odisseia" ou "Ilíada".

O cenário que a guerra cria uma espécie de Estado de Não Direito, de majestade do absurdo, absolvem-se comportamentos aberrantes, legitima-se a pior das crueldades. E quando se começa a disseminar, o mal é radical, torna os seres humanos supérfluos, desaparecem as últimas brasas de humanidade das pessoas. A animalidade toma conta destes guerreiros, como se fosse contagiosa, e o que se segue é o desastre total. Como dizia Hesse, o homem é o lobo do homem.

"Não existe colonialismo suave"

Sentiu isso na pele?

Na pele. No movimento associativo começamos a contestar abertamente o regime colonial português, a chamar a atenção para coisas como as desigualdades no tratamento da saúde, o elitismo no acesso ao ensino para, depois, desafiar os pressupostos do regime. E fomos ameaçados várias vezes pela PIDE [Polícia Internacional e de Defesa do Estado], pelo reitor da universidade, mas nunca fomos presos. Quando o MPLA entra em Luanda, ficamos muito contentes, celebramos isso, continuamos a militar.

"Os regimes totalitários despejam a sua raiva no corpo dos presos políticos"

Ironia das ironias, viria a ser preso exatamente pelo MPLA.

Pouco a pouco, a fratura dentro do MPLA, as diferentes correntes, começou a aprofundar-se, até à tentativa de golpe de Estado de Nito Alves, a 27 de maio de 1977. Não tínhamos nada a ver com Nito Alves, pelo contrário, mas o que o regime fez na altura foi prender praticamente todos os que tinham alguma dissidência ou algum desacordo.

Fui preso no dia 2 de dezembro de 1977, estive praticamente três anos na prisão de São Paulo, em Luanda. Passei esse Natal na prisão, sob tortura intensa, dia sim, dia não. A minha família não sabia de nada, os meus pais tinham vindo para Portugal, pensaram que eu estava morto. Foi um período extremamente difícil. O MPLA, nessa altura, instituiu um regime totalitário e os regimes totalitários despejam a raiva no corpo dos presos políticos.

António Costa Silva
António Costa Silva créditos: Inês Vales

O que é tortura intensa?

As torturas eram consecutivas, muitas delas inomináveis. Desde porem-me um torniquete metálico à volta da cabeça e apertarem, a amararem-me as mãos atrás das costas, todo nu, subirem-me a uma altura de três metros e deixarem-me cair completamente desprotegido no chão, ou estar completamente nu no meio de dez, doze, cartorze agentes da DISA [Direção de Informação e Segurança de Angola], todos a baterem-me até desmaiar ensanguentado. Consecutivamente. O meu único objetivo era estar vivo no dia seguinte.

"Não aprendemos nada com os erros, o que sai da guerra é a destruição"

O que o fez sobreviver, em que pensava?

Também me perguntava isso e é uma pergunta que esteve no centro destas reflexões e deste livro, porque é que a espécie humana se comporta desta maneira. Por isso digo, o livro passa-se em Angola, mas podia passar-se na Ucrânia, no Sudão, em Gaza - assistimos ao genocídio do povo palestiniano quase com a complacência da comunidade internacional. Como é possível? Da guerra só sai destruição e sofrimento. Mas não aprendemos nada com os erros.

Um pensador, político e escritor inglês, Gilbert Chesterton, diz que o despropósito do mundo advém do facto de nunca nos perguntarmos para quê. A dignidade é a base da liberdade. Aqui, tudo isso está afastado.

Nas situações de tortura as pessoas estão completamente isoladas. Na prisão aprendi que a nossa mente é fundamental, a mente humana é obreira de milagres, o bastião da resistência. E comecei a escrever livros, a escrever poemas, tudo na minha cabeça, a imaginar coisas, a revisitar os livros que li. Durante praticamente um ano a situação foi duríssima, o objetivo era sempre estar vivo no dia seguinte.

Nunca se perguntou por que motivo não o mataram?

Fizeram uma tentativa de fuzilamento. A DISA considerava-me um dos cabecilhas e queria que eu assinasse uma declaração a dizer que era agente da CIA. Muitas das torturas eram com o papel à frente, que nunca assinei. Se tivesse assinado, era a minha sentença de morte. Além de que não tinha nada a ver com a CIA, eram fantasias que eles fabricam para justificar tudo e mais alguma coisa.

A última tentativa que fizeram foi dizer-me que ia ser fuzilado. Chamaram-me à noite - era sempre à noite que as piores coisas sucediam, as execuções dos companheiros da prisão, os mais diretamente ligados à revolta do Nito Alves, a entrada e saída de ambulâncias - e pediram-me para escrever o meu "testamento", como lhe chamaram.

A única coisa que escrevi, e que ainda os deixou mais furiosos, foi "A vida é bela". Vendaram-me os olhos, algemaram-me as mãos atrás das costas e meteram-me num jeep ou numa ambulância. Disseram-me que ia ser fuzilado e, pronto, é o último dia da minha vida, pensei. Por isso digo muitas vezes - a minha família não gosta de ouvir - que a minha vida depois disso é quase um bónus.

Teve aquela sensação de game over?

É, exatamente. Compenetrei-me que era o último dia, estava absolutamente calmo, a pensar nas coisas, sinto que me encostaram a algum sítio, ouvi começaram a mexer nas culatras, mas nunca dispararam. Depois, contra todas as minhas expectativas, voltaram a pegar em mim, puseram-me no carro e voltaram para a prisão. Quando cheguei à minha cela perguntava-me: mas o que é que se passou? Porque foi incrível, até a simulação de fuzilamento fizeram para tentar que eu assinasse uma declaração completamente falsa.

António Costa Silva
António Costa Silva créditos: Inês Vales

Falou no isolamento, na sensação de estar completamente só. O que deve a diplomacia internacional fazer nestes casos, que ainda acontecem?

Penso que Portugal tem nesse aspecto páginas admiráveis na sua história, uma delas a questão de Timor Leste, em que o país se mobilizou todo, governo, autoridades, população. A pressão sobre o presidente Bill Clinton, nessa altura, depois sobre o governo da Indonésia, funcionou de forma admirável. Tem de haver um compromisso colectivo com a dignidade e respeito pelos direitos humanos.

Mas, infelizmente, o que estamos a ver hoje no mundo é o recuo desses direitos. Agora temos o homem que está à frente da nação mais poderosa do mundo, e que foi artífice da ordem liberal internacional depois da Segunda Guerra Mundial, a falsear e a violar essas regras. A mensagem que passa é benéfica para todos os autocratas do mundo.

Ao mesmo tempo, vemos na Europa uma grande crise, não só na Alemanha e na França, é na União Europeia. Sou profundamente europeísta, o projeto europeu é dos mais extraordinários alguma vez criados, e impediu a guerra na Europa. Mas com a invasão da Ucrânia pela Rússia ela regressou.

Além disso, vemos em relação às instituições internacionais, sobretudo às Nações Unidas, uma grande impotência e falta de compromisso dos países, das lideranças, com estes valores. A nossa civilização está a viver um dos momentos mais perigosos da sua história depois da Segunda Guerra Mundial, tudo o que está no livro volta a assolar a espécie humana.

E, spoiler alert, o livro não acaba bem...

O livro não termina bem, porque nas últimas páginas, e embora a guerra já tivesse terminado, um morteiro cai no hospital em Pembe, onde nasce a bebé, que é uma espécie de esperança para o futuro, e ela morre.  

A questão é esta: qual é o futuro de Angola - e o nosso também? Será um futuro de esperança ou será um futuro de pesadelo? Não tenho uma resposta, mas sei que depende de nós e daquilo que decidirmos fazer face a estas dificuldades.

Em relação a Angola, Portugal continua a ter aí um papel, devia fazer mais?

Devia fazer muito mais, obviamente sempre em consonância com o governo angolano. Mas a questão fulcral é ajudar na educação, que é o salva a espécie humana. A cultura, como sabemos, vimos isso com os nazis, não é garantia contra nada em relação à selvajaria que às vezes toma conta de nós, mas pode ajudar muito. Se houver um envolvimento a esse nível, isso pode ser transformador.

"A espécie humana é única, o racismo é uma doença"

Os portugueses são racistas?

Para responder a essa pergunta temos de nos pôr do ponto de vista das pessoas que podem ser vítimas desse racismo. E às vezes, ao falar com as pessoas, percebemos que elas enfrentam muitas situações difíceis no país a esse nível. Portanto, acho que o país tem comportamentos racistas em muitos sectores. E temos de lutar contra o racismo, porque a espécie humana é única, o racismo é uma doença, hostilizar só porque é diferente é uma estupidez. Vimos todos da mesma origem.

Há os estudos que o comprovam; há 70 mil anos houve a erupção de um grande vulcão na Indonésia, o Toba, e a espécie humana ficou reduzida a 2.500 pessoas, que cabem num hotel moderno. Somos todos filhos desses 2.500. Se for ver o ADN da espécie humana, em 99% ele é absolutamente idêntico. Isto só torna ainda mais ridículos os argumentos racistas. Temos é de trabalhar uns com os outros e evitar a demonização, temos de ser absolutamente contra isso, não aceitar o contrário.

Marcelo Rebelo de Sousa, como António Costa, defenderam já várias vezes as reparações históricas. Concorda? Porquê? 

Acho que quem teve aí uma posição excelente, em que me revejo totalmente, foi a antiga ministra da Justiça Francisca Van Dunem. Ela diz que mais importante que essas reparações é termos um grande programa de ajuda à educação, à saúde desses países, investir nisso, incrementar essas relações entre Portugal e Angola, Portugal e Moçambique. 

No livro "Porque Falham as Nações", Daron Acemoglu e James Robinson identificam três fatores, um deles é a qualidade das instituições. Ajudar a construir grandes instituições é por isso importante e absolutamente fundamental. Acho que esse é o caminho.

Regressou a Angola?

Sempre. Hoje não tenho lá família, mas tenho muitos amigos, vou lá muitas vezes. E quero ver se este ano faço com a minha antiga turma da Engenharia de Minas da Universidade de Luanda um percurso pelo país todo. Vamos em setembro, a começar em Luanda, descer ao longo da costa, ir até Benguela, Lobito, depois Mossâmedes, subir a Serra da Leba, por aí fora. E está no percurso ir à minha terra, Nova Sintra, Catabola, no Bié.  

Três objetos que não podem faltar no seu dia-a-dia e porquê?

Muito simples: um livro, uma folha de papel e uma caneta, porque eu gosto imenso de ler, de escrever, de estudar.

Teve ou tem alguma alcunha? 

Os meus amigos em Angola chamavam-me "Chíbias".

Chíbias, porquê?

Porque quando andava no liceu e na universidade em vez de chiça, a palavra mais utilizada, dizia "Chíbias". Ficou comigo.

O que o deixa mesmo irritado?

O racismo, os comportamentos de demonização do outro e a estupidez humana, contra todos os veredictos da realidade.

Acredita em Deus?

Respeito muito todas as religiões, mas não tenho essa capacidade de fé. Responderia como uma vez o Stephen Hawking, o físico Inglês, respondeu numa entrevista extraordinária na BBC: "Não tenho necessidade de Deus para explicar o mundo".