O projeto do futuro parque verde, situado nos terrenos anteriormente ocupados pelo Complexo Logístico da Bobadela e por contentores, foi apresentado ao início deste tarde pelo coordenador do grupo de projeto para a JMJ, José Sá Fernandes.

A poucos dias do início do evento, José Sá Fernandes, que representa o Governo na organização da JMJ, explicou que o futuro parque verde Loures, com 35 hectares, representa o legado da jornada

"Era um sonho antigo tirar daqui os contentores. Dentro de um ano teremos aqui um espaço verde, uma nova cidade. Será um ponto de encontro e de diálogo", afirmou.

A implementação deste parque, numa área de 35 hectares, vai representar um investimento por parte do Governo de cerca de três milhões e meio de euros (+IVA) e deverá estar concluído no verão de 2024.

O projeto prevê que o parque tenha cerca de 600 árvores e áreas para a implementação de equipamentos para restauração, manutenção e parque infantil.

Enquanto não é uma realidade, o espaço do futuro parque verde vai estar preparado para receber, nos dias 05 e 06 de agosto, milhares de peregrinos que se vão deslocar ao Parque Tejo Trancão para participar na vigília e na missa final da JMJ.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS), sublinhou que a construção deste parque é "determinante para a projeção do concelho".

"Loures já investiu aqui 8 milhões de euros e tínhamos de arranjar aqui sinergias para dar sequência a esse parque verde. Aí entrou a equipa de missão do Sá Fernandes que irá financiar toda esta obra. Foi uma ajuda enorme", apontou.

O autarca explicou que à autarquia caberá, "à medida que a obra se vai fazendo, estudar a implementação de restauração, animação para as pessoas poderem terem equipamentos para usar".

A Câmara de Loures pretende também dar um uso futuro aos cerca de 15 hectares junto ao Rio Trancão e vai investir 2,5 milhões de euros na sua infraestruturação, adiantou ainda Ricardo Leão.

"Será através de uma verba, que vamos levar à próxima reunião de Câmara, em que grande parte dela será para, juntamente com a Águas Tejo Atlântico, fazer algo que é importante para o país, numa lógica ambiental, regar este importante espaço verde com água reutilizável", explicou.

Ricardo Leão anunciou também que os terrenos de Loures que vão agora acolher os peregrinos da JMJ irão ser palco da Semana Académica de Lisboa, em setembro.

Entretanto, numa nota divulgada esta tarde, a Câmara Municipal de Loures esclareceu que os visitantes não inscritos na JMJ poderão assistir gratuitamente às principais cerimónias na parte dos terrenos do município no Parque Tejo-Trancão.

Mais de um milhão de pessoas são esperadas em Lisboa para a JMJ, que se realiza de 01 a 06 de agosto e conta com a presença do Papa Francisco.

Considerado o maior acontecimento da Igreja Católica, a JMJ nasceu por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso de um encontro com jovens em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

O Papa, o primeiro a inscrever-se na JMJ, chega a Lisboa no dia 02 de agosto, tendo prevista uma visita de duas horas ao Santuário de Fátima no dia 05 para rezar pela paz e pelo fim da guerra na Ucrânia.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures, e no Parque Eduardo VII, no centro da capital.

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