
De acordo com o mais recente Índice de Preços no Consumidor (IPC), elaborado pelo INE, a taxa de variação homóloga desacelerou em março 1,7 pontos percentuais, face ao registo no mês anterior, enquanto a variação mensal caiu 1,1 pontos percentuais.
"No período em análise, o IPC registou uma variação média dos últimos 12 meses de 7,8%, valor inferior em 0,2 pontos percentuais ao registado no mês anterior", refere o indicador do INE.
Já o indicador de inflação subjacente - índice total excluindo energia e produtos alimentares não transformados - aumentou 5,6% em termos homólogos, valor inferior em 1,5 pontos percentuais ao registado em fevereiro.
O Governo previa que a escalada de preços em Cabo Verde deveria fechar 2022 com um aumento médio global de quase 8%, reduzindo-se para menos de metade este ano.
Nos documentos de suporte à proposta de lei do Orçamento do Estado para 2023, o Governo cabo-verdiano admite que "os níveis de preços deverão permanecer elevados, acelerando de 1,9% em 2021 para 7,9% em 2022", o valor mais alto em 25 anos.
"Já para 2023, espera-se que reduza para 4% [3,7%, segundo o detalhe da proposta], refletindo a redução da inflação importada dos principais parceiros comerciais de Cabo Verde", lê-se no documento.
Antes dos efeitos da crise inflacionista atual e apesar da pandemia de covid-19, Cabo Verde registou uma taxa de inflação mínima histórica de 0,6% em 2020, e de 0,8% em 2017.
O arquipélago recupera de uma profunda crise económica e financeira, decorrente da forte quebra na procura turística -- setor que garante 25% do Produto Interno Bruto (PIB) do arquipélago -- desde março de 2020, devido à pandemia de covid-19.
PVJ // JH
Lusa/Fim
Comentários