As autoridades da Guiné-Bissau decidiram, no passado dia 23, suspender, durante 30 dias, as aulas nas escolas de Bissau para conter o avanço de casos de infeção pela covid-19 e Braima Nhamadjo, especialista em marketing digital, entendeu que tinha de agir.

"Se a covid-19 fecha as nossas escolas, vamos reabri-las", é o slogan na iniciativa criada por Braima Nhamadjo, de 34 anos.

"Achei que tinha de fazer algo para ajudar as nossas crianças que vão ter que ficar em casa durante muitos dias, sem aulas", afirmou.

Numa primeira fase, o professor universitário vai proporcionar aulas 'online' e numa segunda fase tenciona gravá-las e emitir na Televisão da Guiné-Bissau para assim chegar aos alunos que não tenham dispositivos de acesso remoto ou Internet.

As aulas 'online' arrancam no sábado com 15 professores que se juntaram à iniciativa de Braima Nhamadjo para lecionar português, matemática, física, história, geografia e francês, mas o professor está aberto a receber outros profissionais com disponibilidade para dar aulas de outras disciplinas.

De acordo com dados atualizados do Alto-Comissariado contra a covid-19, a Guiné-Bissau regista um total acumulado de 2.544 casos desde que foram detetadas as primeiras infeções pelo novo coronavírus no país, em março de 2020.

Atualmente o país tem 73 casos ativos e registou 45 mortes pela doença e está em estado de calamidade pública.

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