O vice-presidente do PSD António Leitão Amaro reagiu, em declarações aos jornalistas, às medidas anunciadas na quarta-feira à noite pelo secretário-geral do PS e primeiro-ministro, António Costa, num discurso na Academia Socialista, a 'rentrée' do partido em Évora.

"Parece evidente que o Governo vem reagir a reboque do PSD: copia, mas copia mal. O que apresenta é manifestamente poucochinho e incapaz de resolver quer a asfixia fiscal, quer a asfixia sobre jovens que não veem condições para se fixarem e se emanciparem neste país", criticou.

Para o dirigente social-democrata, o primeiro-ministro "não apresentou mais do que remendos, e é incapaz de uma resposta estrutural", ao contrário do que defendeu serem as propostas do PSD.

Leitão Amaro salientou que foi o PSD a propor, pela primeira vez há mais de um ano, uma taxa máxima de 15% no IRS para os jovens até 35 anos, que considerou mais vantajosa do que a solução agora proposta pelo Governo (e que passa por reduções decrescentes deste imposto nos primeiros anos de trabalho).

"O Governo continua sem querer devolver o que o Estado está a cobrar mais na inflação", criticou, lamentando que o executivo "continue a assobiar para o lado" quanto à proposta do PSD de reduzir o IRS em todos os escalões (menos o último) já este ano, num valor global de 1.200 milhões de euros, ou tenha 'chumbado' propostas de isenção fiscal na compra da primeira casa.

"Essas sim são estruturais e fariam a diferença. Sinceramente, oito anos depois é confrangedor ver que António Costa e o PS não têm uma resposta estruturada para dar aos portugueses", afirmou.

SMA // PC

Lusa/fim