As reservas, metade das quais estão congeladas no estrangeiro, baixaram 14 mil milhões numa semana e estavam em 593,1 mil milhões de dólares (cerca de 561,5 mil milhões de euros) no dia 29 de abril.

As sanções ocidentais constituíram um revés para Moscovo, com a decisão de bloquear parte das reservas detidas no estrangeiro, ou seja, 300 mil milhões de dólares, pouco depois do começo do conflito na Ucrânia.

As reservas, que constituem um pilar da economia russa, atingiam 643,2 mil milhões de dólares em 18 de fevereiro, pouco dias antes da ofensiva russa em território ucraniano. São consideradas um instrumento essencial para apoiar o rublo e pagar aos credores internacionais.

Apesar das dificuldades recentes, Moscovo tem encontrado até agora solução para ultrapassar os obstáculos.

Após a forte desvalorização do rublo nas primeiras semanas do conflito, as autoridades pediram às grandes empresas exportadoras para converterem parte das suas divisas estrangeiras em rublos, para apoiar a moeda nacional.

Mas se as divisas estrangeiras continuarem a baixar, as autoridades russas podem enfrentar mais dificuldades.

Na segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse em entrevista ao Financial Times que defende a utilização do dinheiro russo congelado no estrangeiro para reconstruir a Ucrânia.

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