Malam Sambú esteve na semana passada em Dacar onde manteve reuniões de trabalho com o seu homólogo senegalês, Omar Gueye, para analisar a implementação do acordo geral de pesca rubricado entre os dois países.

O acordo, em vigor desde 1978, renovável a cada ano, venceu desde janeiro passado, mas devido à pandemia provocada pelo novo coronavírus, não foi possível a sua prorrogação.

Os dois governos acordaram pela sua prorrogação tácita para vigorar até junho próximo, notou Malam Sambú, mas entendeu ser necessário conversar com o seu homólogo senegalês "sobre algumas zonas sombra do acordo".

"O acordo prevê que a Guiné-Bissau concede licenças de pesca artesanal ao Senegal em condições vantajosas, em contrapartida o Senegal disponibiliza centros de formação para os nossos quadros, mas não está claro sobre quem é que paga essa formação", declarou Sambú.

Nas conversações com Omar Gueye ficou acordado que o Senegal vai arranjar formas de custear a formação de quadros guineenses, no domínio das pescas, adiantou Malam Sambú, considerando ter sido alcançado "um bom entendimento".

O ministro guineense das Pescas admitiu ainda que o Senegal "sobrevive das pescas" e que atualmente existem 250 canoas daquele país em atividade de pesca artesanal nas águas da Guiné-Bissau.

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