A EHRC, organismo independente, mas ligado ao Governo etíope, disse ter recolhido testemunhos de residentes da zona de Gida-Kirimu, que culparam o primeiro destes ataques a um grupo rebelde oromo, noticia hoje a agência France-Presse.

De acordo com os testemunhos, "homens armados alegadamente afiliados à OLF-Shane", o nome utilizado pelas autoridades para se referir ao Exército de Libertação Oromo (OLA), realizaram ataques "motivados por razões étnicas" em 18 de agosto.

"Os residentes locais disseram à comissão que mais de 150 pessoas foram mortas pelos homens armados", referiu a EHRC num comunicado.

Os ataques, que decorreram depois da "retirada das forças de segurança" deste setor ocidental da região de Oromia, desencadearam represálias que mataram mais de 60 pessoas, acrescentou o organismo independente.

"A EHRC continuará a acompanhar a situação em consonância com as autoridades competentes e salienta a necessidade de uma ação imediata para evitar que o perigoso nível de segurança na área se propague às áreas vizinhas e crie uma nova crise humanitária", refere o documento.

Na manhã de hoje, o OLA negou a responsabilidade pelos recentes ataques contra civis na área e pediu uma "investigação independente por parte das Nações Unidas ou de qualquer outra parte relevante", falando em "factos distorcidos".

JYO // LFS

Lusa/Fim