Ho Iat Seng expressou preocupação com o crescimento de casos, uma vez que os 75 suicídios registados nos primeiros nove meses do ano representam um aumento de 75% em relação a igual período do ano passado.

No parlamento, após duas questões dos deputados relacionadas com o crescimento do número de casos, no âmbito da apresentação das Linhas de Ação Governativa, o governante admitiu que, apesar de existirem vários motivos, a crise económica vivida desde o início da pandemia terá contribuído para o agravamento da estatística.

Em julho, as autoridades de Saúde de Macau, confrontadas com uma subida do número de suicídios em relação aos anos anteriores, aconselharam os residentes do território com problemas de saúde mental a pedirem ajuda, devido ao confinamento vivido durante o pior surto de covid-19 no território.

"Apelo aos residentes que devem tomar iniciativa de pedirem ajuda junto das entidades competentes, ou até os familiares e se detetarem algum problema devem encorajar estas pessoas a encontrar apoio profissional", disse o médico-adjunto da direção do Centro Hospitalar Conde de São Januário Lei Wai Seng, numa conferência de imprensa diária dos Serviços de Saúde.

"Há muita pressão na nossa sociedade, incluindo a questão do emprego ou até conflitos familiares, devido ao período de isolamento", acrescentou.

Os números indicavam que, desde janeiro até final de julho, já se tinham registado 55 casos de suicídio no território. Um número que se aproximava do valor total dos anos 2021 (60), 2020 (76) e 2019 (66).

Macau, cuja economia foi significativamente afetada pela pandemia, segue a política de casos zero imposta por Pequim, que aposta em quarentenas obrigatórias, confinamentos e testagens massivas para combater a covid-19.

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