"A direção da Société d'exploitation de la tour Eiffel (Sete) e os sindicatos chegaram a um acordo para pôr fim à greve, que estipula que as partes acompanharão regularmente o modelo económico da empresa, o investimento em obras e as receitas através de uma instância que se reunirá de seis em seis meses", declarou a Sete num comunicado enviado à AFP.

A reabertura não será efetiva até domingo de manhã "para dar tempo à equipa técnica" para garantir que os elevadores sejam devidamente reiniciados para uma receção segura", sublinharam os dois sindicatos, CGT e FO, num comunicado conjunto.

A direção e os sindicatos chegaram também a acordo sobre "um investimento ambicioso de 380 milhões de euros até 2031, nomeadamente para obras e manutenção do património da Torre", segundo o comunicado da direção.

O acordo prevê ainda "a continuação da 20.ª campanha de pintura e o empenhamento na próxima", um ponto-chave na delicada questão da manutenção do monumento, inaugurado há 135 anos.

A greve de cinco dias resultou na perda de cerca de 100.000 entradas.

Se se tivesse prolongado para além da tarde de domingo, esta greve teria sido a mais longa da história recente da Torre.

No outono de 1998, o monumento permaneceu encerrado durante seis dias e meio.

O atual conflito já tinha levado ao encerramento em 27 de dezembro, dia do centenário da morte do arquiteto Gustave Eiffel.

O equilíbrio económico da Torre Eiffel, que em 2023 foi visitada por mais pessoas do que antes da Covid-19, com 6,3 milhões de visitantes, foi enfraquecido por cerca de 130 milhões de euros de perda de receitas durante os dois anos da crise sanitária (2020 e 2021).

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