"Desde esta manhã, o exército russo tem atacado massivamente a região de Dnipropetrovsk. O inimigo está a tentar destruir a rede eléctrica da região", disse o governador regional, Sergii Lyssak.
A companhia elétrica ucraniana, Ukrenergo, anunciou restrições ao fornecimento.
"O inimigo está novamente a atacar massivamente o sector energético. O operador da rede de transmissão está a tomar as medidas necessárias para limitar o consumo, a fim de minimizar as consequências negativas para o sistema energético", disse o Ministro da Energia ucraniano.
"Assim que as condições de segurança o permitirem, os trabalhadores do setor energético avaliarão os danos causados", acrescentou German Galushchenko, na plataforma de mensagens Telegram.
Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, que a Rússia tem vindo a danificar a rede eléctrica da Ucrânia, bombardeando-a repetidamente e provocando cortes regulares de energia.
Um alerta aéreo está em vigor em toda a Ucrânia, numa altura em que a Força Aérea relata lançamentos de mísseis de cruzeiro russos Kalibr a partir do Mar Negro.
"Kharkiv está a ser alvo de um ataque maciço de mísseis" e "os mísseis balísticos ainda estão a dirigir-se para a cidade", escreveu o autarca desta cidade no leste do país, Igor Terekhov, no Telegram.
"O exército russo realizou pelo menos sete ataques", disse o governador regional de Kharkiv, Oleg Synegoubov, também no Telegram.
De acordo com estes dois responsáveis, pelo menos três pessoas ficaram feridas e os ataques provocaram também danos materiais.
A Força Aérea ucraniana referiu o lançamento de mísseis de cruzeiro russos, tendo como alvo as regiões de Vinnytsia (centro), Poltava (leste), Dnipropetrovsk (sudeste), Kirovograd (centro) e Cherkassy (centro).
Os ataques ocorrem no dia em que a Ucrânia, pela segunda vez na história moderna, celebra o Natal a 25 de dezembro, como no mundo ocidental, e já não a 07 de janeiro, como no calendário juliano seguido pela Igreja Ortodoxa Russa.
A mudança foi oficializada durante o verão de 2023 por uma lei promulgada pelo Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, como um sinal de desafio à Rússia.
A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após a desagregação da União Soviética - e que tem vindo a aproximar-se da Europa.
As negociações entre as duas partes estão bloqueadas, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de parte do seu território, e a rejeitar negociar enquanto forças ucranianas controlem a região russa de Kursk, parcialmente ocupada em agosto.
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