Os números da produção foram positivos porque no primeiro trimestre do ano passado assistiu-se ao 'boom' da crise dos semicondutores, que fez cair a produção, disse o presidente da associação de fabricantes, Márcio de Lima Leite, numa conferência de imprensa.

O atual nível de produção está "muito abaixo do normal" e a procura está "a arrefecer", frisou.

Estes fatores levaram oito fábricas a encerrar e a tirar férias coletivas em março, enquanto que estão previstas mais paragens para abril.

As vendas permanecem 20% abaixo do período pré-pandémico.

O quadro seria ainda "pior" se não fossem as boas vendas às empresas de aluguer de automóveis, responsáveis por 28% do mercado total.

O presidente da Anfavea responsabilizou o arrefecimento do mercado pelas elevadas taxas de juro, que se situam em 13,75% ao ano, e o mercado de crédito.

As exportações totalizaram 112.200 unidades, mais 3,9% do que no primeiro trimestre de 2022, mas houve uma perda de vendas nos mercados tradicionais da América do Sul, onde tem havido um "crescimento muito significativo" nas vendas de automóveis asiáticos.

A queda nas vendas ao Chile foi de cerca de 9% e na Colômbia de mais 11%, enquanto as exportações recuperaram 15% para a Argentina, mas "em relação a uma base extremamente baixa" registada no ano passado.

 

MIM // RBF

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