De acordo com as estatísticas da procura turística dos residentes, publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre abril e junho, as viagens realizadas pelos residentes cresceram 52,2% e atingiram um total de 5,5 milhões, o que representa uma queda de 1,7% face a igual período de 2019, o último antes da pandemia da covid-19.

Os dados do INE revelam que as viagens em território nacional corresponderam a 85,9% das deslocações (4,7 milhões), enquanto as viagens com destino ao estrangeiro totalizaram 774,2 mil, ficando, no entanto, respetivamente, 0,9% e 6,5% abaixo dos níveis de 2019.

No período em análise, o principal motivo para as viagens foi "lazer, recreio ou férias", que esteve associado a 47,6% do total e correspondeu a 2,6 milhões de deslocações, tendo crescido 49,9% em termos homólogos, seguindo-se "visita a familiares ou amigos" (38,0%) e profissionais ou de negócios (9,0%).

Os hotéis e similares concentraram 31,7% das dormidas resultantes das viagens turísticas no segundo trimestre, ganhando peso no total (+15,2 pontos percentuais), enquanto o alojamento particular gratuito manteve-se como a principal opção dos viajantes (62,1% das dormidas, -14,8 pontos percentuais).

Segundo o INE, houve 6,0 milhões de dormidas em "hotéis e similares" no período em análise, enquanto o "alojamento particular gratuito" correspondeu a 11,7 milhões de dormidas.

Ainda segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística, a marcação prévia de serviços foi utilizada em 37,5% das viagens, parâmetro que apresenta um peso de 95,3% nas deslocações ao estrangeiro e de 28,0% nas viagens em território nacional.

De acordo com os dados do INE, o recurso à internet ocorreu em 26,9% das viagens no segundo trimestre do ano, valor que sobe para 71,9% quando se consideram apenas as viagens ao estrangeiro.

Cerca de 24,4% dos residentes realizaram pelo menos uma deslocação turística entre abril e junho, num acréscimo de 8,2 pontos percentuais face ao período homólogo.

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