Os resultados definitivos da sessão indicam que o tecnológico Nasdaq e o alargado S&P 500 subiram 0,97% e 0,24%, respetivamente, enquanto o seletivo Dow Jones perdeu 0,29%.
Foi o 54.º recorde do ano para o índice mais abrangente S&P 500, que ganhou quase 27% em 2024.
"Do ponto de vista técnico, o mercado ainda está em boa forma", comentou Jack Ablin, da Cresset Capital, "especialmente porque dezembro é geralmente um período favorável".
"Se esta sequência se mantiver, este poderá ser um dos movimentos ascendentes mais importantes da história", frisou José Torres, da Interactive Brokers.
Para esta primeira sessão do mês, o mercado nova-iorquino foi impulsionado por gigantescas capitalizações das tecnológicas, menos visíveis nos últimos meses.
A Meta foi particularmente popular, assim como os grandes nomes dos semicondutores como a Broadcom (+2,73%), AMD (+3,56%) e Qualcomm (+2,84%).
"Isto pode estar ligado ao facto de os investidores esperarem que as taxas não desçam tão rapidamente como o esperado", explicou Jack Ablin.
Vários membros do banco central norte-americano (Fed) fizeram declarações firmes nas últimas semanas, sugerindo que a saúde da economia norte-americana lhes permite ser pacientes.
Este sentimento foi reforçado hoje pela publicação do índice ISM, segundo o qual a atividade no setor industrial recuperou em novembro, atingindo o nível mais elevado desde junho.
Mark Streiber, da FHN Financial, observou que o emprego e as novas encomendas impulsionaram o índice.
Os investidores contam agora com três cortes adicionais na taxa diretora da Fed até ao final de 2025, em comparação com os seis cortes de há dois meses.
Os gigantes tecnológicos "têm pouca ou nenhuma dívida", sublinhou Jack Ablin, "por isso, se os investidores pensam que as taxas vão continuar elevadas, estão interessados em empresas que não vão contrair muitos empréstimos".
O rendimento dos títulos do governo dos EUA a 2 anos subiu hoje para 4,18%, em comparação com 4,15% no fecho de sexta-feira.
DMC // RBF
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