Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average cedeu 2,25%, para os 27.500,89 pontos.

Mais fortes foram os recuos dos outros índices mais emblemáticos da praça.

O alargado S&P500 desvalorizou 2,78%, para as 3.331,84 unidades, mas o grande prejuízo foi do tecnológico Nasdaq, que perdeu 4,11%, para os 10.847,69 pontos, fechando abaixo dos 11 mil pontos pela primeira vez em um mês.

Desde quarta-feira, quando estabeleceu o seu mais recente recorde, o Nasdaq já recuou mais de 10%.

Depois de várias semanas de fortes subidas, a bolsa nova-iorquina começou a cair no final da semana passada.

Esta contração tinha sido provocada em grande parte por uma rotação dos investimentos, em detrimento do setor tecnológico, bem como pela realização de mais-valias antes de um fim de semana prolongado, devido ao feriado de segunda-feira nos EUA, o 'Labor Day'.

"Apesar de hoje continuar a rotação, as perdas são bem mais generalizadas e afetam alguns setores baseados na recuperação económica", sublinhou Jack Ablin, da Cresset Wealth Advisors.

Com efeito, o conjunto dos subíndices do S&P500, que representam diversos subconjuntos da atividade económica, acabou hoje em perda.

Entre os pilares de Silicon Valley, a Amazon recuou 4,39%, a Apple 6,73%, a Facebook 4,09% e a Alphabet, que é a 'holding' da Google e YouTube, fechou em baixa de 3,64%.

"Os investidores estão a ficar inquietos com uma recuperação a que falta vigor", indicou Ablin.

A Tesla, por seu lado, caiu mais de 21%. O construtor de veículos elétricos topo de gama, que conheceu uma ascensão fulgurante em Wall Street nos últimos meses, sofreu pesadamente com a sua não-admissão no seio do prestigiado S&P500, na passada sexta-feira.

Os investidores estiveram também a seguir com apreensão as tensões, que permanecem vivas, entre Washington e Pequim.

Os EUA acusaram hoje a China de "ameaçar" e "assediar" os jornalistas estrangeiros, depois da decisão de Pequim de congelar as acreditações de meios dos EUA.

A atenção dos investidores foi ainda orientada para as negociações no Congresso dos EUA sobre novas medidas de estímulo económico, mas as divergências entre democratas e republicanos continuam fortes.

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Lusa/fim