![Zelensky apela para que EUA e Europa se unam no apoio a Kiev](/assets/img/blank.png)
Esta semana, o Presidente norte-americano, Donald Trump, pôs em causa anos de apoio firme dos Estados Unidos à Ucrânia.
Zelensky deverá reunir-se ainda hoje com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, para falar sobre a forma de negociar uma solução para o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Muitos observadores, especialmente na Europa, esperam que Vance lance pelo menos alguma luz sobre as ideias de Trump para uma solução negociada para a guerra, na sequência de um telefonema entre Trump e o líder russo, Vladimir Putin.
Zelensky afirma que só aceitará reunir-se pessoalmente com Putin depois de ser negociado um plano comum com o Presidente dos Estados Unidos.
O chefe de Estado ucraniano, que adiantou que o Presidente norte-americano lhe deu o número de telemóvel pessoal, acredita que Trump é a chave para acabar com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
Zelensky afirmou também que os Estados Unidos, incluindo a anterior administração de Joe Biden, nunca viram a Ucrânia como um membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Na sua intervenção na conferência, Vance deu um sermão aos responsáveis europeus sobre liberdade de expressão e imigração ilegal, avisando os líderes europeus de que se arriscam a perder o apoio da opinião pública se não mudarem rapidamente de rumo.
"Se estão a fugir com medo dos vossos próprios eleitores, não há nada que os Estados Unidos possam fazer por vocês", disse o vice-presidente.
O discurso de Vance, e a sua breve menção ao conflito Rússia/Ucrânia, que já dura há três anos, surgiu numa altura de grande preocupação e incerteza quanto à política externa da administração Trump.
"Em Washington, há um novo xerife na cidade. E sob a liderança de Donald Trump, podemos discordar das vossas opiniões, mas lutaremos para defender o vosso direito de as apresentar na praça pública", disse Vance.
O vice-presidente norte-americano também advertiu as autoridades europeias contra a imigração ilegal, dizendo que o eleitorado não votou para abrir "as comportas a milhões de imigrantes não controlados", referindo-se ao ataque de quinta-feira em Munique, onde o suspeito é um afegão de 24 anos que chegou à Alemanha como requerente de asilo em 2016.
O ato de violência deixou mais de 30 feridos e parece ter sido motivado por extremismo islâmico.
JSD // JMR
Lusa/Fim
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