O dia 26 de abril, em que registámos zero óbitos provocados pela COVID-19, foi um dia simbólico e representa um grande sinal de esperança. É o abril que se renova, a liberdade que nos sorri e o futuro que nos espera.
Este é o resultado de um enorme sentido cívico de dever e de grandes sacrifícios, individuais e coletivos, que os portugueses têm feito ao longo deste mais de um ano de combate à pandemia.
É também a expressão de um enorme trabalho desenvolvido pelo Serviço Nacional de Saúde e por todos os seus profissionais e o seu maior e melhor reconhecimento. Hoje, todos reconhecemos o sentido de serviço do SNS, capaz de garantir respostas, em condições absolutamente extraordinárias, a todos aqueles que dele necessitam, mesmo nos momentos de maior aflição, e muito para lá daquilo que julgávamos ser os seus limites. Essa elasticidade e capacidade de adaptação, que nos nos permitiu chegar até aqui, deve-se aos profissionais de saúde, a quem agradeço sem exceção, desde os que trabalham nos maiores hospitais do país aos que estão na mais pequena extensão do mais remoto centro de saúde.
É para repetirmos dias como este que vamos continuar a trabalhar: para continuarmos a garantir capacidade de resposta a todos os nossos cidadãos, estejam eles onde estiverem. Para que dias como o 3 de agosto e o 26 de abril deixem de ser a exceção e passem a ser a norma. É essa a nossa responsabilidade, que continua a ser muito grande, mas é um peso partilhado com os portugueses e, juntos, temos sido capazes dos maiores feitos.
Os resultados positivos de hoje são um incentivo para continuarmos a trabalhar, porque são o reflexo de tudo o que fizemos até aqui. São o reflexo da conclusão da primeira fase da vacinação, que nos permitiu proteger os mais vulneráveis, em particular os nossos idosos e os nossos lares, onde o sucesso da vacinação é hoje uma evidência, reduzindo a carga de doença e a mortalidade associada. São o reflexo da testagem massiva, que atingiu na semana passada o seu recorde, com mais de 94.000 pessoas testadas num só dia e mais de 500.000 realizados numa só semana. São o reflexo da nossa maior capacidade de rastreamento. São o reflexo das cautelas que tivemos neste desconfinamento e nos nossos comportamentos – que agora temos de manter.
O caminho que trilhámos juntos tem um destino definido: libertamo-nos da pandemia e desta doença, que nos atinge física e psicologicamente, para podermos continuar a dar maior resposta a todas as outras. Para lá chegarmos e voltarmos à normalidade dos nossos dias, precisamos de contar uns com os outros.
Esta não é a hora de parar; esta é a hora de continuar.
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