A vida nos palcos antes do 25 de Abril contada pelos residentes na Casa do Artista está repleta de histórias de opressão e medo, mas também de resistência e superação. O SAPO24 esteve à conversa com quem conheceu melhor o teatro pré e pós-revolucionário e, 50 anos depois, recorda as suas histórias.
O primeiro-ministro manifestou hoje a convicção de que os 50 anos do 25 de Abril serão “um ponto de viragem” para quebrar “um ciclo negativo” dos últimos anos, de “incapacidade de reter em Portugal” o talento dos jovens.
A deputada do PSD Ana Gabriela Cabilhas defendeu hoje que "os políticos estão ao serviço do povo" e devem trabalhar para resolver os seus problemas, criticando os que querem "dividir o país".
O secretário-geral socialista comprometeu-se hoje com a defesa da democracia política, social e cultural "dos ataques dos novos e velhos inimigos", considerando que Abril é uma vitória dos portugueses cujos problemas "não se resolvem com o populismo".
O presidente da Assembleia da República salientou hoje a coragem dos militares que fizeram a revolução de 25 de Abril, num discurso em que também lembrou as últimas vítimas mortais causadas pela polícia política do anterior regime.
O presidente do Chega acusou hoje o Presidente da República de trair os portugueses ao defender o pagamento de reparações por crimes da era colonial, considerando que Marcelo Rebelo de Sousa devia “amar a História” de Portugal.
O presidente da IL anunciou hoje que vai apresentar uma deliberação para que o programa das comemorações do parlamento 25 de Abril inclua uma cerimónia solene do cinquentenário do 25 de Novembro.
A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, criticou hoje as “carpideiras do salazarismo”, avisando que “os saudosistas são perigosos porque vivem para a mentira” e pedindo um “manifesto pelo futuro” com alertas sobre o capitalismo.
O secretário-geral do PCP criticou hoje uma minoria “que tudo fez e faz para destruir conquistas e recuperar o poder perdido”, procurando “falsificar e reescrever a história”, e pediu que se retome "a esperança em Abril".
O porta-voz do Livre lembrou hoje o 25 de Abril de 1974 como a “mais bela revolução do século XX”, data que considerou única, apelando a um país “cheio de desejos de objeto político” contra os inimigos da revolução.
O líder parlamentar do CDS-PP rejeitou hoje “revisitar heranças coloniais” e "deveres de reparação", considerou que Portugal “não mudou de regime para ser um Estado insolvente" e destacou o 25 de Novembro.
O Presidente da República entrou hoje de cravo na lapela na Sala das Sessões do parlamento, nas comemorações dos 50 anos da Revolução, que desta vez contaram com a presença de Cavaco Silva e Durão Barroso, sem a flor simbólica.
A presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, assinalou hoje o 50.º aniversário do 25 de Abril em Estrasburgo, França, afirmando que é um "dia inspirador" e que recorda a necessidade de continuar a defender "os valores europeus fundamentais".
A porta-voz do PAN advertiu hoje os direitos humanos estão a ser postos em causa e defendeu que é hora de o país se “erguer contra aqueles que procuram silenciar a voz de Abril”.
A presidente da Assembleia Nacional de Angola enalteceu hoje o 50.º aniversário do 25 de Abril considerando que a data não é apenas património de Portugal, mas um momento revelador de independência, liberdade e autodeterminação de Angola.
A família de Otelo Saraiva de Carvalho doou o arquivo do estratego do 25 de Abril ao Arquivo/Biblioteca Ephemera, o que ajudará a compreender "o ambiente de 1974/75", disse à Lusa o historiador Pacheco Pereira.
A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) defendeu hoje a necessidade de se "trabalhar ainda mais pela consolidação da democracia", alertando que "os tempos podem voltar a ser sombrios", numa mensagem sobre os 50 anos da Revolução de Abril.
Os heróis anónimos de 1974, que há 50 anos colocaram um ponto final à ditadura, participaram hoje na recriação da saída da coluna militar liderada por Salgueiro Maia, numa homenagem aos militares que lutaram pela liberdade.
Portugal celebra hoje o 50.º aniversário do 25 de Abril com um programa de comemorações alargado que inclui a tradicional sessão solene no parlamento e o desfile na avenida da Liberdade, em Lisboa, mas com iniciativas em todo o país.
A Assembleia da República e a Casa do Parlamento -- Centro Interpretativo vão estar abertas ao público durante a tarde do dia 25 de abril, para assinalar o cinquentenário da revolução, com um programa inclui exposições, teatro e música.
Integrado no ciclo Abril Abriu, do Teatro Nacional D. Maria II, o "Mercado das Madrugadas” estreia hoje, em Aveiro na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, onde ficará até dia 27 de abril. O SAPO24 falou com a autora e encenadora Patrícia Portela.
As principais figuras do antigo regime, 50 anos após o fim da ditadura em Portugal, mantêm-se presentes em pelo menos 721 artérias do país, de 195 concelhos, sendo que 17 têm o nome de Salazar.
O empenhamento corajoso de muitos católicos favoreceu a Igreja no pós-25 de Abril, que deve a esses grupos e redes o facto de se ter diluído a conivência ou o silêncio cúmplice de parte da hierarquia com o regime do Estado Novo.