A avenida onde Abril é celebrado em Lisboa encheu-se hoje de cores, penteados africanos, súmbias e muitas bandeiras de vários países e causas para celebrar o líder Amílcar Cabral e reclamar a unidade que este defendeu.
A primeira marcha por Amílcar Cabral em Portugal vai percorrer sábado a Avenida da Liberdade, em Lisboa, assinalando o seu centenário e o início da luta pela inscrição do líder africano na história nacional, a partir dos manuais escolares.
As atividades para comemorar o centenário do nascimento de Amílcar Cabral vão decorrer durante todo o mês de setembro e em pelo menos 10 países, na sua maioria em Cabo Verde e em Portugal, conforme a programação hoje divulgada.
O arquivo de Amílcar Cabral, na Fundação Mário Soares e Maria Barroso (FMSMB), em Lisboa, é um dos mais consultados por investigadores de todo o mundo que produzem "investigação de ponta" sobre este líder africano, segundo o diretor-executivo da instituição.
O diretor da Torre do Tombo considerou que a PIDE temia Amílcar Cabral e as suas relações internacionais, tendo começado a persegui-lo quando ainda estudava em Lisboa e depois como um “dirigente terrorista” que afrontava Salazar.
Zelito Fernandes considera-se um "fruto" da Marcha Cabral, que na próxima sexta-feira vai para a sua 11.ª edição, levando para as ruas da cidade da Praia dezenas de jovens que querem manter vivas as memórias do líder histórico.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, atribuiu hoje a Ordem da Liberdade a Amílcar Cabral, líder histórico da independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde, “homem grande” que não “chegou a chefe de Estado por uns meses”.
O ideólogo das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde, Amílcar Cabral, foi considerado o segundo maior líder mundial de todos os tempos, numa lista elaborada por historiadores para a BBC.
O antigo Presidente da República de Cabo Verde Pedro Pires afirmou hoje que a independência deste país ajudou a resolver tempos fatídicos, apesar de ainda subsistirem problemas por solucionar, como a pobreza.
A correspondência trocada entre Amílcar Cabral e Maria Helena, sua primeira mulher, constituem o universo da peça "Cartas", que vai estar em cena na Escola de Mulheres, no Clube Estefânia, em Lisboa, de quinta-feira a domingo.
Uma proposta da autarquia da Praia para mudar o memorial Amílcar Cabral está a gerar polémica e a ser contestada por familiares e companheiros de luta do líder histórico das independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Iva e Indira Cabral, filhas de Amílcar Cabral, o "pai" das independências da Guiné e de Cabo Verde condenaram hoje a tomada da sede do PAIGC, partido fundado por Cabral, por forças de segurança da Guiné-Bissau.
Uma interpretação em violino de "Sodade", música imortalizada por Cesária Évora, deu sexta-feira à noite as boas-vindas aos escritores participantes no festival literário Morabeza, numa cerimónia "aos pés" do memorial de Amílcar Cabral na cidade da Praia.
A reação de António de Spínola ao saber da morte do líder do PAIGC, Amílcar Cabral, assassinado em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas a 20 de janeiro de 1973, em Conacri, foi clara: "bem, estamos tramados".