O processo EDP refere que os arguidos Manuel Pinho, ex-ministro da Economia, e António Mexia, ex-presidente da elétrica, acordaram, em 2005, que o governante ajudaria a empresa em troca de benefícios na sua carreira profissional e académica.
A EDP alegadamente "orientou" a avaliação do Crédit Suisse acerca do valor a pagar pelo prolongamento da concessão de barragens e interveio também junto do Caixa BI, que realizou um estudo semelhante, de acordo com a decisão do Tribunal.
A EDP reiterou hoje que “não houve qualquer irregularidade que lhe possa ser imputada”, na sequência da investigação que levou à suspensão de funções do presidente da empresa, António Mexia, e do presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto.
O juiz Carlos Alexandre considerou hoje que a suspensão de funções aplicada a António Mexia e João Manso Neto no processo EDP são as medidas de coação adequadas para acautelar os perigos invocados pelo Ministério Público.
O Tribunal da Relação de Lisboa declarou hoje nulo o despacho do juiz Ivo Rosa que retirou o estatuto de arguido no processo EDP ao ex-ministro da Economia Manuel Pinho e a Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia.
O ex-presidente executivo do antigo Banco Espírito Santo (BES) Ricardo Salgado, arguido no caso EDP, esteve esta terça-feira no Departamento Central de Investigação e Ação Penal, mas não prestou declarações.