O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, admitiu hoje que o preço da carne pode sofrer aumentos em Portugal devido ao surto da doença da língua azul, lembrando que alguns produtores “ainda estão a sofrer prejuízos”.
O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, vai pedir verbas da reserva de crise para ajudar a combater o surto da doença da língua azul em Portugal.
A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) afirmou hoje que o surto de língua azul se agravou, com prejuízos acima de seis milhões de euros e sem capacidade para recolher os animais mortos devido à doença.
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) admitiu hoje atrasos na recolha de cadáveres de animais no Alentejo, por incapacidade provocada pelo surto de língua azul, esclarecendo que, nestes casos, os produtores podem optar pelo enterramento.
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) autorizou, temporariamente, três medicamentos contra a língua azul, dois dos quais ainda não estão disponíveis no mercado, foi anunciado.
Os serotipos três e quatro do vírus da língua azul já atingiram todos os distritos de Portugal continental, só a Madeira e os Açores estão livres da doença, segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Explorações nos concelhos do Fundão, Covilhã, Penamacor e Belmonte reportaram vários casos de doença da língua azul, informou hoje a Associação de Defesa Sanitária da Cova da Beira (Sanicobe).
A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) pediu hoje ao Governo que adote medidas “céleres e concretas” para travar a doença da língua azul.
O Ministério da Agricultura está a preparar o reforço dos apoios às organizações de produtores face à doença da língua azul e vai investir num plano de desinsetização para travar a propagação, avançou à Lusa.
A doença da língua azul já afetou, pelo menos, 279 explorações de bovinos e ovinos, sobretudo em Évora e Beja, e provocou a morte de 1.775 animais, segundo os dados disponibilizados pelo Ministério da Agricultura à Lusa.
As doenças animais transmitidas por picadas de insetos, como a língua azul, com grande expansão no Alentejo, são cada vez mais frequentes em Portugal devido às alterações climáticas, afirmou hoje um professor na Universidade de Évora (UÉ).
A febre catarral ovina, conhecida como doença da língua azul, está a ‘ganhar terreno’ no Alentejo e a dizimar rebanhos, já com milhares de animais mortos, provocando prejuízos aos criadores, que se queixam de falta de apoios.
A febre catarral ovina, conhecida como língua azul, está a afetar nove distritos de Portugal, no Centro, Lisboa e Alentejo, e a vacinação é obrigatória para reprodutores, segundo dados hoje divulgados.