Vários armazéns e lojas na periferia de Maputo estão a ser vandalizados e saqueados desde terça-feira, na sequência da agitação social após o anúncio dos resultados das eleições moçambicanas, com centenas de pessoas a carregarem tudo o que conseguem.
Um número ainda não determinado de reclusos fugiu hoje da cadeia de máxima segurança em Maputo, após uma rebelião, avançou hoje à Lusa o secretário permanente do Ministério da Justiça.
A direção do Hospital Central de Maputo (HCM), o maior do país, reconheceu hoje estar num "momento crítico" porque não consegue receber alimentos ou profissionais de saúde, face à agitação social pós-eleitoral.
A companhia aérea angolana TAAG anunciou ter cancelado os dois voos que tinha previsto efetuar hoje entre Luanda e Maputo face à insegurança pós-eleitoral que se vive em Moçambique.
A polícia moçambicana recorreu, ao final da tarde, a disparos de gás lacrimogéneo e tiros para dispersar centenas de manifestantes que durante o dia cortaram a avenida Acordos de Lusaka, centro de Maputo, em protesto contra o processo eleitoral.
As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) assumiram hoje terem atropelado uma jovem na capital moçambicana, esclarecendo que o veículo encontrava-se "numa missão de proteção de objetos económicos" contra manifestantes e que a vítima foi socorrida.
Ainda não eram 12:00 e já os apitos ecoavam nas ruas de Maputo, que rapidamente paralisaram, no terceiro dia de protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, provocando um ruído ensurdecedor na capital durante 15 minutos.
Algumas dezenas de professores manifestaram-se hoje no centro de Maputo, de bata e com reivindicações da classe, exigindo justiça, mas a polícia ainda tentou travar a marcha com disparos de gás lacrimogéneo, após levar cinco docentes à esquadra.
O empresário português raptado em 29 de outubro no centro de Maputo foi resgatado na cidade de Matola, arredores da capital moçambicana, anunciou hoje o Serviço de Investigação Criminal (Sernic).
O candidato presidencial Venâncio Mondlane apelou hoje a um novo período de manifestações nacionais em Moçambique, durante três dias, a partir de quarta-feira, em todas as capitais provinciais, contestando o processo eleitoral.
Pelo menos cinco pessoas morreram, 38 foram baleadas e 164 detidas em Moçambique em 07 de novembro, último dia da terceira fase das manifestações convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, divulgou hoje a ONG moçambicana Plataforma Eleitoral Decide.
Pelo menos quatro autocarros municipais, seis viaturas particulares e dois tratores foram destruídos nos últimos dias em Maputo, nas violentas manifestações pós-eleitorais na capital, bem como edifícios públicos, revelou hoje o autarca da capital moçambicana, Razaque Manhique.
Pelo menos três mortos e 66 pessoas ficaram feridas durante confrontos entre manifestantes e a polícia na quinta-feira, oitavo dia das greves convocadas por Venâncio Mondlane, anunciou hoje o Hospital Central de Maputo (HCM), maior unidade do país.
O Consulado-Geral de Portugal em Maputo criou um grupo na rede social Whatsapp "para disponibilizar um canal de comunicação direta adicional", tendo em conta a "atual situação de instabilidade" em Moçambique, disse hoje à Lusa fonte diplomática.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje acompanhar "com preocupação" a situação no terreno em Moçambique, país palco de intensas manifestações para contestar os resultados das eleições gerais, e garantiu esforços diplomáticos de Portugal para retorno à calma.
Várias pessoas foram hoje detidas no centro de Maputo na sequência de pilhagens a lojas num centro comercial no centro de Maputo, palco de manifestações a contestar os resultados das eleições gerais.
A polícia moçambicana travou hoje, no centro de Maputo, uma manifestação com poucas dezenas de pessoas em protesto contra os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro, lançando gás lacrimogéneo para dispersar.
A porta-voz do Governo do Ruanda, Yolande Makolo, afirmou hoje que as forças armadas ruandesas não têm tropas em Maputo, nas operações que tentam controlar as manifestações pós-eleitorais, contrariando várias mensagens que circulam há vários dias.
A cidade de Maputo registou hoje, pelo terceiro dia consecutivo, uma manifestação contestando os resultados eleitorais, travada pela polícia, que lançou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes, segundo testemunhas.
A cidade de Maputo registou hoje, pelo segundo dia consecutivo, confrontos entre apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, com a polícia a intervir, lançando gás lacrimogéneo para dispersar.
Um empresário português do ramo da construção civil foi raptado ao início da tarde de hoje no centro de Maputo, confirmou à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal.
No cemitério de Michafutene, arredores de Maputo, gritou-se toda a tarde a uma só voz “justiça” e “advogado do povo”, na despedida emocionada de Elvino Dias, 45 anos, assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Um rasto de destruição marca várias artérias centrais de Maputo ao início da noite, após várias horas de confrontos entre manifestantes e polícia, e tiros constantes para o ar e de gás lacrimogéneo, em diferentes pontos da capital moçambicana.
Maputo vive horas de caos com a polícia a lançar gás lacrimogéneo e tiros para o ar para desmobilizar, em vários bairros, manifestações contra o duplo homicídio de apoiantes de Venâncio Mondlane.