A polícia moçambicana travou hoje, no centro de Maputo, uma manifestação com poucas dezenas de pessoas em protesto contra os resultados anunciados das eleições gerais de 09 de outubro, lançando gás lacrimogéneo para dispersar.
A porta-voz do Governo do Ruanda, Yolande Makolo, afirmou hoje que as forças armadas ruandesas não têm tropas em Maputo, nas operações que tentam controlar as manifestações pós-eleitorais, contrariando várias mensagens que circulam há vários dias.
O chefe da diplomacia europeia apelou hoje "ao diálogo político, à contenção e à calma de todas as partes" em Moçambique, pedindo que as próximas fases do processo eleitoral se pautem pelo respeito pelo Estado de direito e pela transparência.
A cidade de Maputo registou hoje, pelo segundo dia consecutivo, confrontos entre apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, com a polícia a intervir, lançando gás lacrimogéneo para dispersar.
Populares do distrito de Muidumbe, na província moçambicana de Cabo Delgado, encontraram um casal de idosos decapitado nas margens do rio Messalo, disseram hoje à Lusa fontes da comunidade.
Entre Maio de 1974 e Novembro de 1975 cerca de 500.000 pessoas vieram de Angola e Moçambique (não há números exatos), numa migração forçada que envolveu muito sangue, suor e lágrimas - situação de que o país não gosta de falar, mas que ainda é lembrada por muita gente. A jornalista Alexandra Marques
O Ministério Público moçambicano apelou hoje à juventude para que não adira a "manifestações que violam a lei", acusando os protestantes que têm estado nas ruas desde o anúncio dos resultados eleitorais de estarem a destruir infraestruturas.
Um empresário português do ramo da construção civil foi raptado ao início da tarde de hoje no centro de Maputo, confirmou à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) de Portugal.
O Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) afirma que "o número de pessoas mortas por ação policial" nas manifestações contra os resultados das eleições presidenciais no país "subiu para 11".
A Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou hoje que deteve em todo o país 371 pessoas em resultado dos protestos na quinta-feira e esta madrugada, com confrontos entre as autoridades policiais e manifestantes.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane rejeitou hoje “de forma liminar” os resultados das eleições gerais moçambicana, que atribuem à Frelimo e ao seu candidato, Daniel Chapo, a vitória, considerando que “não refletem a vontade do povo”.
Enquanto a CNE anunciava os resultados eleitorais moçambicanos, com a Frelimo a eleger Daniel Chapo Presidente da República e a reforçar a maioria absoluta parlamentar, manifestantes pró-Venâncio Mondlane saíam às ruas de Maputo, queimando pneus e cortando avenidas.
A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, venceu as eleições nas 10 assembleias provinciais, elegendo assim todos os governadores de província, anunciou hoje a Comissão Nacional de Eleições (CNE).
Daniel Chapo, candidato da Frelimo que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou hoje ter vencido as presidenciais de 09 de outubro, disse que vai ser o "Presidente de todos os moçambicanos", mesmo dos que estão a manifestar-se nas ruas.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana anunciou hoje a vitória de Daniel Chapo (Frelimo) na eleição a presidente da República de 09 de outubro, com 70,67% dos votos, resultados que ainda carecem da validação do Conselho Constitucional.
No cemitério de Michafutene, arredores de Maputo, gritou-se toda a tarde a uma só voz “justiça” e “advogado do povo”, na despedida emocionada de Elvino Dias, 45 anos, assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane.
Pelo menos 18 pessoas foram detidas em confrontos entre a polícia e manifestantes na cidade da Beira, centro de Moçambique, na segunda-feira, três das quais foram entretanto libertadas, anunciou hoje a corporação.
Um rasto de destruição marca várias artérias centrais de Maputo ao início da noite, após várias horas de confrontos entre manifestantes e polícia, e tiros constantes para o ar e de gás lacrimogéneo, em diferentes pontos da capital moçambicana.
Maputo vive horas de caos com a polícia a lançar gás lacrimogéneo e tiros para o ar para desmobilizar, em vários bairros, manifestações contra o duplo homicídio de apoiantes de Venâncio Mondlane.
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, disse hoje que o Governo português continua a acompanhar "com grande preocupação" a situação em Moçambique e apelou à contenção de todas as forças políticas e autoridades do país.
O candidato presidencial Venâncio Mondlane considerou hoje que os verdadeiros terroristas em Moçambique são as lideranças das forças de segurança, em reação à carga policial que dispersou as marchas que tinha convocado para hoje.
A União Europeia (UE) classificou hoje como “bastante preocupantes” as “notícias de dispersão violenta” de uma manifestação em Maputo, capital moçambicana, convocada pelo candidato Venâncio Mondlane, e disse que “continua a monitorizar” o desenrolar da situação.
O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje os assassinatos em Moçambique de dois apoiantes do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e apelou a uma rápida investigação dos acontecimentos.