O Governo apresenta na sexta-feira aos partidos com representação parlamentar o cenário macroeconómico que servirá de base à sua proposta de Orçamento do Estado para 2023, diploma que dará entrada na Assembleia da República na segunda-feira.
O primeiro-ministro, António Costa, afastou hoje um cenário "de não crescimento e menos ainda de recessão" no próximo ano, e antecipou que a economia vai "continuar a crescer acima da média europeia".
A líder parlamentar do PCP defendeu hoje que a proposta de aumentos salariais do Governo para a função pública “não só não responde” à perda do poder de compra como “ainda a agrava”, insistindo na valorização das carreiras.
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, disse hoje que há margem para melhorar a proposta de aumentos salariais da função pública, admitindo "pequenos acertos", mas destacando o esforço orçamental que o atual documento já contempla.
A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) considerou hoje que a proposta do Governo para aumentar os funcionários públicos é insuficiente para garantir que não há perda de poder de compra, mas sublinhou que há aspetos "valorizáveis".
A presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Helena Rodrigues, considerou hoje que a proposta do Governo para aumentar a função pública é insuficiente face à inflação e levará a uma perda de poder de compra.
A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, defendeu hoje que na proposta de Orçamento do Estado para 2023 o Governo deve apostar nos transportes públicos e na revisão dos escalões de IRS, além da valorização da proteção animal.
O Sindicato dos Trabalhadores de Espetáculos, do Audiovisual e dos Músicos (Cena-STE) espera que, no Orçamento do Estado para 2023 (OE2023), a verba para a Cultura “mais que duplique”, mas também tem “muito receio” que tal não aconteça.
O Presidente da República considerou hoje que "era importante" que os portugueses soubessem qual é o cenário macroeconómico previsto pelo Governo e que assim se perceberia que "espaço de manobra" existe no Orçamento do Estado para 2023.
O secretário-geral do PCP considerou hoje que nada de bom se espera da proposta de Orçamento do Estado para 2023, designadamente ao nível dos salários, e acusou o Governo PS de estar cada vez mais à direita.
O Governo calcula que a atualização das pensões em 2023 irá ter um custo orçamental de 1.155 milhões de euros, segundo dados do Ministério das Finanças.
Os partidos com assento parlamentar já afinam as prioridades para o Orçamento do Estado de 2023, com a esquerda a pedir o controlo de preços e a direita a defender a necessidade de se reduzir a carga fiscal.
O ministro das Finanças reiterou hoje que o próximo Orçamento do Estado vai “prosseguir a política de contas certas”, salientando que, num contexto de subida dos juros, “o melhor que o Estado pode fazer é governar-se bem a si próprio”.