Grau de culpa elevada e violação dos princípios da carreira militar levaram hoje o tribunal a condenar o major-general Raul Milhais de Carvalho e o coronel Alcides Fernandes a seis anos de prisão efetiva por corrupção passiva.
O major general Raul de Carvalho e o coronel Alcides Fernandes foram hoje condenados a seis anos de prisão por corrupção passiva agravada, no processo sobre sobrefaturação nas messes da Força Aérea e do Hospital das Forças Armadas.
A leitura do acórdão do processo Operação Zeus sobre corrupção nas messes da Força Aérea realiza-se dia 25 no Centro Cultural Olga Cadaval, em Sintra, devido ao estado de contingência causado pela pandemia de covid-19.
A atuação de um agente encoberto no desmantelamento do esquema de sobrefaturação nas compras para as messes da Força Aérea foi hoje realçada pela procuradora do julgamento da Operação Zeus, que tem 30 militares entre os 68 arguidos.
O Ministério Publico pediu hoje a condenação a pena efetiva de prisão para a maioria dos militares arguidos na Operação Zeus, relacionada com a sobrefaturação na aquisição de alimentos e outros bens para as messes da Força Aérea.
O major Rogério Martinho, arguido na Operação Zeus, que envolve corrupção no fornecimento de bens alimentares à Força Aérea, vai deixar de estar em prisão preventiva, passando para prisão domiciliária com pulseira eletrónica, disse à Lusa o seu advogado.
Os seis militares detidos por suspeita de corrupção passiva, falsificação de documentos e associação criminosa num processo relacionado com o fornecimento de bens alimentares à Força Aérea ficaram hoje em prisão preventiva.
Cinco homens foram detidos na Operação Zeus que investiga crimes de corrupção ativa e passiva para ato ilícito e falsificação de documentos no fornecimento de bens alimentares à Força Aérea, informou hoje a Polícia Judiciária.