O combate ao vício do jogo deverá passar por “condições de vida mais dignas”, e mais educação e literacia, defende o diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD).
A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, disse hoje que o Governo irá avaliar o estudo sobre o vício do jogo da 'raspadinha' para depois avançar para a tomada de medidas.
A provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) manifestou hoje disponibilidade para encontrar respostas para combater a dependência da raspadinha, reconhecendo ser um problema que atinge as pessoas mais apoiadas pela instituição e gera preocupação.
Mulheres, pessoas com baixos rendimentos e com escolaridade baixa são quem mais aposta em “raspadinhas”, um “vício” que atinge cerca de 100 mil adultos em Portugal, dos quais cerca de 30 mil apresentam perturbação de jogo patológico.
O Conselho Económico e Social (CES) vai avançar com o estudo sobre o vício da raspadinha, assinando hoje um protocolo de cooperação com os dois responsáveis pela investigação e as quatro entidades financiadoras do projeto.
O número de pessoas viciadas em raspadinhas a pedir ajuda a instituições que tratam comportamentos aditivos está a aumentar. Os psiquiatras alertam para uma dependência que cresceu "muitíssimo" e comparam a incidência à do álcool.
Cada português gasta em média 160 euros em raspadinhas. O valor preocupa os psiquiatras, que cada vez mais encontram casos de jogo patológico. Num estudo publicado esta semana, Pedro Morgado e Daniela Vilaverde pedem mais controlo num problema "negligenciado".
A venda e revenda de “raspadinhas” está isenta de IVA e para que esta isenção seja aceite pelo fisco não é necessário que a fatura mencione o nome do jogo bastando que refira o valor de venda da raspadinha.