“Nós mobilizamos tecnologia que permite que um utilizador registe uma viatura, tal como o Airbnb também permite que um utilizador registe uma casa, de forma a que outros utilizadores possam, com a nossa plataforma […] alugar o carro”, explicou hoje à agência Lusa, o responsável da Parpe para Portugal, Fábio Alves.
Fundada em 2013 em São Paulo, no Brasil, a Parpe está presente em quase todos os estados brasileiros e chegou no início de novembro a Portugal, usando o país como entrada na Europa.
Neste momento, são já várias as opções de viaturas de diferentes marcas em locais como Lisboa, Porto, Algarve, Alentejo e Açores.
Para colocar um carro na plataforma, os proprietários têm de assegurar que os veículos têm menos de 15 anos, menos de 200 mil quilómetros e um valor comercial inferior a 75 mil euros.
Depois, têm de registá-lo em parpe.com/pt/, dando informações como a indicação das características das veículos e dos seguros e coberturas, dados que são acompanhados por fotografias.
O preço por dia (o mínimo para reserva, não havendo um período máximo) é definido pelos proprietários, sendo que a Parpe apenas “faz a sugestão do preço”, através de um algoritmo que é gerado aquando da introdução dos dados.
“Como no Airbnb, quando colocamos uma casa [na plataforma] também definimos o preço”, apontou Fábio Alves.
À Parpe, os proprietários terão de dar uma comissão de 20% por serviço.
Já para alugar um carro, o utilizador deve ter conta ativa no Facebook (rede social que está interligada com a plataforma), ter mais de 21 anos, ter carta há mais de dois anos e cartão de crédito.
De acordo com Fábio Alves, as vantagens para os utilizadores centram-se no preço, que é “até 30% mais barato” face às restantes formas de reservar carros e no facto de ter uma alternativa ao mercado convencional.
Por seu lado, o proprietário “tem ali uma oportunidade negócio”, rentabilizando, por exemplo, um veículo que não usa, referiu.
Fábio Alves apontou ainda que estes proprietários podem não ser apenas privados, mas também empresas, que têm frotas de carros sem utilização.
Escusando-se a apontar valores do investimento no país, Fábio Alves apontou as metas da Parpe, como chegar aos 500 carros de particulares e empresas registados na plataforma e de ali colocar soluções de ‘renting’, isto é, aluguer de carros na forma convencional, ambas ainda este ano.
Em 2018, a empresa pretende “ter um volume de vendas na área do ‘peer to peer’ [diretamente do proprietário para o utilizador] de cerca de meio milhão de euros” e recrutar 35 pessoas em Portugal, estipulou.
Também para o próximo ano está previsto o lançamento da aplicação móvel associada ao ‘site’, bem como a expansão para outros países europeus, como Espanha.
Fora da Europa, a Parpe quer chegar ao estado da Florida, nos Estados Unidos, adiantou Fábio Alves.
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