A apresentação decorreu hoje na cidade portuense, na estação de metro do Campo 24 de Agosto, e contou com a presença do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, assim como do presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP), Eduardo Vítor Rodrigues.
A abrir a sessão de apresentação, o presidente do Metro do Porto agradeceu “o incentivo, seja ele pessoal, seja financeiro” do ministro, “que foi fundamental porque financiou o primeiro projeto a fundo perdido”.
“Mais de 2.500 pessoas estão já a utilizar esta aplicação e a registarem-se. Esta aplicação vem carregada de inovação e boas práticas. Sabemos da necessidade de alterar os nossos padrões de mobilidade. Há muito trabalho a fazer para fazemos esse caminho, à procura de sustentabilidade e esta ‘app’ é um instrumento importante para ajudar e colaborar para que este seja um caminho de sucesso”, afirmou.
Eduardo Vítor Rodrigues disse que está a mudar o paradigma da organização do poder central, porque “tradicionalmente os transportes eram um elemento mais próximo do Planeamento e Infraestruturas”, mas agora o responsável é o ministro do Ambiente.
“Estamos a assistir a uma apresentação de mais um elemento de revolução nos cidadãos na sua relação com os transportes públicos. Se a tarifa não for amigável para os cidadãos, dos vários grupos etários e categorias socioeconómicas, não vamos conseguir cativar os cidadãos para o transporte público. Estamos a incorporar tecnologia e inovação num processo de valorização na dinâmica dos transportes, na valorização da área metropolitana”, apontou.
Para o ministro, esta ‘app’ “simplifica a relação das pessoas com os transportes”, até porque “permite que tudo seja muito mais simples e no final de cada mês, tal como hoje se paga a conta da água e da luz, passemos a ter uma conta de mobilidade”.
“Sendo rigoroso ainda é uma conta de transporte, mas queremos que evolua para ser uma conta de mobilidade. Isto é, todas as outras formas de mobilidade metropolitana podem associar-se. Os táxis, transporte partilhado ou parques de estacionamento podem associar-se a esta aplicação e passamos a dispor de uma forma de pagamento muito mais simples e otimizada”, explicou.
Em conversa com os jornalistas adiantou ainda que o projeto custou cerca de dois milhões de euros, sendo que cerca de 990 mil euros foram cobertos pelo fundo ambiental.
Criada por iniciativa da Transportes Intermodais do Porto (TIP), a aplicação “Anda” é um título Andante desmaterializado, que evita preocupações com o tipo de viagens a comprar, no início do mês ou a cada deslocação, porque o sistema “atribui a cada passageiro o tarifário mais favorável”, enviando-lhe a fatura para casa, de acordo com explicações dadas aos jornalistas em janeiro, aquando da apresentação do projeto.
Para já, a “Anda” apenas estará disponível para telemóveis com sistema operativo Android, versão 5.0 ou superior, equipados com as tecnologias Near Field Communications (NFC) e Bluetooth, estando previsto para breve o lançamento para iOS.
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