Estar numa fila, olhar para um pacote de chocolates, de gomas ou de pastilhas, ver o pacote a olhar para nós, e comprar. Quem nunca? Já não é novidade que estas guloseimas são colocadas mesmo junto às caixas para que as compremos impulsivamente, enquanto estamos de pé à espera, seja no supermercado ou na bomba de gasolina. O que é novo é a queda deste negócio.

O motivo? Andamos a fazer mais compras online (que novidade!). Por isso, aquele tempo entediante à espera de meter as compras no tapete rolante tem vindo a reduzir. Logo, é normal não demos tanta atenção aos doces. Nos EUA, 61% dos retalhistas faz mais vendas online agora do que antes da pandemia.

Estes produtos (que são mais gula que outra coisa) não estão ao nível de sacos de fruta, pacotes de leite e outros bens essenciais, por isso não costumam fazer parte da lista de compras. São tentações do momento às quais cedemos quando somos obrigados a olhar para elas. Mas e se não formos obrigados a olhar? É normal que não as compremos tanto. Houve uma queda de 28% na compra de rebuçados e de 30% na compra de gomas e pastilhas, nos EUA, desde o ano passado.

Mas todos gostamos de doces… Por isso, os produtores estão a tentar encontrar novas formas de introduzir este efeito de impulsividade na hora de pagar. A marca de chocolates Hershey's, está a tentar introduzir um botão de "adicionar um Herhseys" nas compras online. Nos espaços físicos, marcas como a Orbit ou a Mars estão a testar o uso de um robô que anda pelos corredores do supermercado carregado de guloseimas, como quem diz "Não te esqueças de que nós existimos". Uma ótima ideia para o negócio, uma não tão boa ideia para a dieta.

A esperança está, mais uma vez, na vacina, mas não só porque é a solução para que, mais tarde ou mais cedo, tudo volte ao normal. Nos Estados Unidos, há várias pessoas a receber as vacinas dentro de drogarias e supermercados. O tempo médio de espera para receber a injeção são 15 minutos, o necessário para pegar naquele chocolate que não estava planeado, mas que é uma tentação…