Falando na reunião privada do executivo de maioria socialista, que decorreu hoje, o vereador dos Recursos Humanos disse que a CML "está a preparar, de forma estruturada e devidamente estudada, uma plataforma de gestão integrada de recursos humanos, no âmbito dos seus novos sistemas de informação".
Segundo João Paulo Saraiva, "o novo sistema foi adjudicado no passado dia 10 de outubro e já está a ser implementado, e vai permitir juntar os diversos elementos de comunicação interna com os trabalhadores".
"Todo o processo deverá estar concluído em julho próximo", precisou o responsável.
Em declarações à agência Lusa, o vereador explicou que "a CML tem feito este trabalho de desmaterialização dos seus sistemas de informação de forma continuada nos últimos anos, sem deixar, no entanto, de cuidar das diversas necessidades das pessoas que constituem o seu universo laboral".
Na opinião do autarca, "esta é uma reforma profunda e estrutural feita de forma séria e participada que vai permitir rentabilizar investimentos, sem desperdícios em alterações não devidamente coordenadas e parcelares".
"Esta plataforma teve o tempo de preparação, não só pela sua complexidade, como pelo facto de ter de incluir de forma cabal toda a recente reestruturação de serviços que decorreu na sequência da reforma administrativa", acrescentou.
Apontando que o município "está a fazer mais do que apenas mudar o sistema de envio de recibos dos seus trabalhadores", o responsável advogou que a Câmara "tem promovido inclusive as aprendizagens nesta área, de forma a permitir a mais trabalhadores o acesso ao universo digital".
"Não queremos deitar dinheiro fora em processos parcelares quando podemos investir de forma sustentável e duradoura", considerou João Paulo Saraiva.
Esta "mudança estruturada e global permite assim multiplicar por cem as poupanças em papel permitidas pela simples mudança do sistema de envio de recibos", salientou o vereador, acrescentando que a CML "está consciente de que toda esta evolução tem necessidade de uma preparação cuidada, inclusiva, para ser desta forma mais racional e sustentável, e não apenas uma alteração pontual, de um horizonte temporal reduzido, com mais custos para a cidade e para os munícipes".
João Paulo Saraiva respondia aos vereadores do CDS-PP, que apresentaram uma moção para que a autarquia entregasse os recibos de vencimento por via eletrónica e não em papel, como faz atualmente.
A moção centrista acabou por ser rejeitada, com os votos favoráveis do partido proponente e do PSD, os votos contra do PS e dos vereadores independentes (eleitos nas listas socialistas), e a abstenção do PCP e do BE.
O vereador do CDS-PP João Gonçalves Pereira criticou, em declarações à agência Lusa, o facto de " durante dois anos e meio a Câmara não ter feito nada, mas agora diz que dentro de seis meses já estará pronto o sistema".
Já o social-democrata João Pedro Costa achou a rejeição do PS e do BE uma "coisa estranhíssima".
Por seu turno, o vereador do PCP João Ferreira apontou que "o CDS apresentou proposta dizendo que não se compreende que a Câmara tenha procedimentos do século passado, mas esqueceu-se que infelizmente os vencimentos também são do século passado, também por culpa do CDS".
Ao mesmo tempo, João Ferreira alertou para o facto de "a maioria dos trabalhadores municipais não terem endereço de correio eletrónico.
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