A ZTE, responsável pelo desenvolvimento da infraestrutura 5G na China, anunciou no domingo que solicitou ao Departamento de Comércio dos EUA a suspensão da sanção.

Pequim criticou também a decisão junto das autoridades norte-americanas, durante as negociações da semana passada, em Pequim, em torno das disputas comerciais, com uma delegação dos EUA chefiada pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin.

Segundo um comunicado do ministério do Comércio da China, a delegação prometeu repassar os protestos da China ao Presidente norte-americano, Donald Trump.

No mês passado, Washington decidiu pôr fim às exportações de componentes destinadas ao grupo chinês ZTE, devido a declarações fraudulentas num inquérito sobre a investigação ao embargo imposto ao Irão e à Coreia do Norte.

Os Estados Unidos já tinham aplicado, em março de 2017, uma multa de 1,2 mil milhões de dólares ao grupo chinês das telecomunicações ZTE por ter violado o embargo aos dois países.

Em 2016, o grupo chinês assumiu a responsabilidade por ter adquirido equipamento aos Estados Unidos e os ter reexportado para o Irão e a Coreia do Norte, apesar das sanções impostas aos dois países devido aos seus programas militares e a violações dos direitos humanos.

A decisão de Washington ameaça a sobrevivência da gigante das telecomunicações, que depende de tecnologia norte-americana, como chips e o sistema operacional Android, para fabricar dispositivos móveis.

A sanção surge num período de crescentes disputas comerciais entre Pequim e Washington.

Na raiz desta disputa está o plano de Pequim, designado “Made in China 2025″, para transformar o país numa potência tecnológica, com capacidades nos setores de alto valor agregado, incluindo inteligência artificial, energia renovável, robótica e carros elétricos.

Segundo o banco de investimento CICC, a ZTE tem em stock componentes para um ou dois meses, antes que a sanção comece a afetar os seus negócios.

A negociação de títulos da ZTE nas Bolsas de Valores de Hong Kong e Shenzhen foram, entretanto, suspensas desde a decisão dos EUA.

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