Ter uma boa ideia não é fácil. Provar que uma ideia é boa é ainda menos e ter informação é decisivo na maior parte das situações. A Gorodata tem o seu negócio assente nessa premissa e age como plataforma de informações e insights de negócios, alimentada por inteligência artificial. O processo passa pela recolha de informação pública na internet, que depois é organizada e transformada em "sinais de compra para as empresas B2B", explica a CEO e fundadora, Elizabeth Cruz.
De uma forma simples e coloquial, a Gorodata ajuda os clientes a saber a que portas devem ir bater. Todos os dias — através de técnicas avançadas de crawling (para a pesquisa) e de machine learning (para a organização de informação) — são processados milhares documentos digitais sobre a tecnologia utilizada pelas empresas, as parcerias entre negócios e outros dados que dão pistas sobre as necessidades do mercado.
De acordo com a fundadora da Gorodata, a empresa diferencia-se porque se interessa "pela taxa de conversão de leads em negócios", ou seja pela quantidade de potencias negócios que se tornam, efetivamente, negócios fechados. Elizabeth explica que quando um cliente subscreve a plataforma, é lhe perguntado "qual é o seu portfólio, que tipo de clientes gostavam de conseguir e o que é que costumam vender".
O objetivo final é encontrar pontos de contacto entre empresas, poupando tempo e esforço. "Por exemplo, no outro dia o CEO de uma empresa portuguesa muito conhecida deu uma entrevista e isso foi apanhado pelos nossos algoritmos. E ele dizia que, quando chegasse o 5G, gostaria de colocar sensores de IoT na sua cadeia logística", conta a fundadora da Gorodata. "Isto é um claro sinal de compra para uma empresa que vende sensores de IoT", remata.
Segundo a fundadora, os principais clientes da plataforma são PME e grandes empresas B2B (de IT, consultoras de gestão estratégica, empresas de RH, empresas de outsourcing, retalhistas, etc.) que querem não só reduzir os seus custos de angariação de clientes como também fechar negócios com mais clientes.
A Gorodata surgiu em maio de 2020. À época, Elisabeth Cruz já tinha trabalhado em várias empresas B2B onde, segundo relata, se apercebeu de que os consultores comerciais "estavam muito mal preparados" e acabavam por "perder muito tempo e muito dinheiro". "Batem a imensas portas sem saber à partida que portas vão abrir" de onde decorria "uma fraca conversão entre oportunidades de negócio e negócios fechados".
"Hoje em dia os consultores comerciais B2B mandam e-mails todos iguais para imensos potenciais clientes e aquilo é só spam! Por isso é que nós estamos sempre a receber e-mails de tentarem-nos vender coisas. Quando usam a nossa plataforma não estão a fazer isso, porque vão estar a responder a uma necessidade", conclui.
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