A Tonic App — cofundada por Daniela Seixas, Andrew Barnes, Christophe de Kalbermatten e Dávid Borsós, colegas de MBA na IE Business School — é uma aplicação “de médicos para médicos”, que agrega um conjunto de recursos que visam agilizar e facilitar o dia a dia dos profissionais de saúde.

Entre esses recursos destacam-se: motores de busca especializados em códigos de diagnóstico ou congressos médicos; algoritmos clínicos; conteúdos informativos para doentes; emprego médico ou notícias de saúde; e ainda uma plataforma que permite esclarecer dúvidas de diagnóstico com outros profissionais de saúde.

No entanto, dada a necessidade de ter informação comprovada e constantemente atualizada sobre a Covid-19, para servir de orientação para os profissionais de saúde, a empresa tecnológica fez uma parceria com a EBSCO, uma organização que fornece produtos e serviços de informação sobre as mais diversas áreas, incluindo a saúde.

Com esta pareceria, todos os utilizadores da Tonic App — que conta com um em cada quatro médicos portugueses — passam a ter acesso à plataforma DynaMed (um produto da EBSCO), que partilha informação clínica atualizada e baseada na evidência científica. Desta forma, os médicos dispõem de uma ferramenta, que, através de informação comprovada, lhes fornece suporte de apoio em tomadas de decisões clínicas — nomeadamente às que se referem à Covid-19. As atualizações sobre Covid-19 têm sido quase diárias e a DynaMed já contém, por exemplo, informação sobre terapêuticas experimentais para a doença.

A Tonic App desenvolveu também "vários recursos" digitais para ajudar os profissionais de saúde a fazer frente ao coronavírus. E apenas no mês de abril, esses recursos representaram 36% de toda a atividade da aplicação.

À parceria com a EBSCO junta-se a outras, como por exemplo, as que foram estabelecidas com a Ordem dos Médicos, a Randstad, a Novartis, a Medtronic e a IQVIA.

De acordo com Daniela Seixas, a saúde “está a sofrer uma transformação digital forçada no contexto da pandemia Covid-19” e, para estar “à frente do digital” não é apenas necessária tecnologia, “mas também desenvolver parcerias, que num momento difícil da economia potenciem oportunidades e sinergias entre os vários intervenientes da saúde”.