O homem à frente do departamento de política de segurança cibernética do Facebook, Nathaniel Gleicher, escreveu no blog que foram identificadas duas operações com origem na Rússia, uma ativa em vários países da Europa Oriental e outra específica para a Ucrânia.
A empresa informou que eliminou cerca de 364 páginas do Facebook e contas da primeira rede russa, operadas nos países do Mar Báltico, na Ásia Central, no Cáucaso e na Europa Central e Oriental, acrescentando que essas páginas estão ligadas a funcionários da agência de notícias russa Sputnik.
No total essas páginas eram seguidas por mais de 790 mil pessoas. No blog em que Gleicher descreve os acontecimentos, informa ainda que nesta primeira rede foram gastos 135 mil dólares (118,5 mil euros) em anúncios no Facebook.
Mais, o Facebook informou ainda que, com base numa denúncia da aplicação da lei nos EUA, removeu separadamente 107 páginas do Facebook, grupos e contas e 41 contas do Instagram com origens na Rússia e operadas na Ucrânia.
"Não encontramos ligação entre essas operações, mas as táticas foram semelhantes com a criação de redes de contas para enganar outras pessoas sobre quem eram e o que estavam a fazer”, disse a empresa.
O Facebook tem sido criticado nos últimos dois anos pela lentidão no desenvolvimento de ferramentas para combater o conteúdo extremista e as operações de propaganda.
O Facebook e o Twitter Inc (TWTR.N) apagaram milhões de publicações e contas com o único objetivo de influenciar operações pela Rússia, do Irão e outros atores no período que antecedeu as eleições intercalares dos Estados Unidos em novembro de 2018.
No blog, Nathaniel Gleicher garante que a empresa está "constantemente a trabalhar para detetar e parar este tipo de atividade". "Não queremos que os nossos serviços sejam utilizados para manipular pessoas", disse.
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