Em entrevista à agência Lusa, um dos fundadores do SXSW, Hugh Forrest, admitiu que a Web Summit, uma iniciativa já do novo milénio, tem alguns pontos de contacto com o festival norte-americano, fundado em 1986, embora em Austin grande parte dos participantes se mobilize sobretudo em torno da música, do cinema e de conteúdos digitais para estas duas áreas.

O SXSW acontece todos os anos na primavera, ocupando praticamente toda a cidade de Austin, com conferências, debates, cinema, apresentações ('pitching') de novas empresas ('startups') e dezenas de concertos em simultâneo, para uma audiência que integra público anónimo, mas sobretudo figuras da indústria criativa, promotores, editores e agentes.

É lá que nos últimos anos têm estado, apesar de numa escala pequena, alguns artistas portugueses, em busca de contactos ou experiência internacional, e também promotores e editores.

Em 2017, está já confirmada a presença dos The Gift (que já lá atuaram em 2001), coincidindo com a edição do novo álbum e com uma estratégia de capitalização de contactos para marcação de futuros concertos no mercado norte-americano e sul-americano, como contou à Lusa um dos músicos, John Gonçalves.

Hugh Forrest reconhece que o “South by Southwest é um ótimo espaço para fazer contactos e ajudar os mais criativos a atingirem os seus objetivos seja no cinema, na música, na tecnologia, na produção”.

“Junta vários tipos de pessoas criativas durante três ou quatro dias. Como em qualquer evento, tentamos ligar-nos com o maior número possível de pessoas, mas os contactos em pequena escala podem ser importantes para cumprir esses objetivos. Isso, persistência e muito trabalho”, disse Hugh Forrest.

O responsável considera importante marcar presença em eventos com a Web Summit para estar a par da tecnologia que terá impacto no futuro, seja no setor automóvel, na saúde ou na música.

“Não deixa de ser irónico, isto que fazemos; ter esta tecnologia toda que nos permite contactar globalmente em 2016, mas não há nada que substitua o contacto cara a cara. As pessoas gostam de poder ver de perto com quem querem trabalhar e investir”, disse.

Hugh Forrest, texano, tendencialmente democrata, “fã de Hillary [Clinton]”, orgulha-se de ter tido Barack Obama entre os oradores convidados este ano do SXSW, onde falou sobre novos desafios nesta área para gerações mais recentes.

A eleição de Donald Trump para a presidência norte-americana terá um impacto grande na economia. “O mundo seria um lugar mais seguro se ela [Hillary Clinton] ganhasse”, disse.

A Web Summit, uma das maiores conferências internacionais dedicadas à tecnologia digital, inovação e empreendedorismo, termina hoje em Lisboa, a cidade que pela primeira vez acolheu o evento e que, depois de Dublina, será anfitriã pelo menos por mais dois anos.

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