Houve uma espécie de "Adeus GPT 3.5, Olá GPT4", com o anúncio do novo modelo de linguagem AI que permite o desenvolvimento de aplicações como o ChatGPT — que ultrapassou os 100 milhões de utilizadores no mundo inteiro, sendo que diariamente são cada vez mais pessoas que descobrem a plataforma e as potenciais aplicações que esta pode ter no seu dia-a-dia.
E segundo a OpenAI, a empresa por detrás dos diferentes "GPTs", este é o modelo mais colaborativo e mais criativo que já criaram, capaz de resolver problemas difíceis com uma eficácia superior.
Esta nova versão já é reativa a inputs em texto e imagem, mas, para mal dos nossos pecados, continua ainda a responder apenas através de texto. A OpenAI destacou que o novo modelo continua a ter alguns dos problemas dos anteriores, nomeadamente a capacidade de inventar informação (que afirma como factual) e de escrever de forma violenta ou agressiva, como revelou um jornalista do The New York Times neste exemplo caricato.
O novo modelo está disponível ao público através do ChatGPT Plus, a subscrição premium da aplicação. Para demonstrar as novas aplicações do GPT4, a OpenAI estabeleceu uma série de parcerias com a Duolingo, com a Stripe e com a Khan Academy.
Duolingo: um novo modelo de subscrição, o Duolingo Max, suportado pelo novo modelo que permite uma melhor interação e aprendizagem através da plataforma.
Stripe: um serviço de apoio a developers para poderem resolver uma dúvida com uma simples questão em vez de reverem toda a documentação associada ao código produzido pela fintech.
Khan Academy: um piloto para tornar mais eficiente todo o trabalho administrativo dos professores, bem como a sua iteração com os alunos.
As vantagens do GPT4 face ao 3.5 são incrementais, mas de acordo com Sam Altman, CEO da OpenAI, são mais observáveis à medida que se passa mais tempo a usá-lo. O que faz algum sentido dos dois lados. Quando mais pedidos a tecnologia "resolver", mais aprende com as preferências do utilizador. Quanto mais tempo o utilizador passar na plataforma, melhor a compreensão do tipo de pedidos que dão melhores resultados.
OpenAI anunciou que o GPT4 foi sujeito a seis meses de treino: os resultados demonstraram uma redução de 82% face à probabilidade responder a pedidos nocivos e um aumento de 40% na probabilidade de dar respostas mais factuais.
As capacidades dos modelos da OpenAI tem sido alvo de diferentes discussões e experiências por parte de vários utilizadores. Sam Altman diz que a popularidade da sua plataforma vai necessariamente levar a que algumas pessoas fiquem desiludidas porque vão estar sempre à espera que os seus serviços façam coisas para as quais ainda não estão preparados. (E ainda estamos a alguma distância de ter um modelo que consiga integrar respostas em áudio, vídeo e texto em simultâneo, um pouco como o sistema Jarvis que auxilia Tony Stark em "Iron Man").
No entanto, isto não tem impedido alguns utilizadores de testar a confiança cega no GPT, deixando a inteligência artificial construir um negócio por si e tomar todas as decisões - nome, design do site, tipo de investimento - e a documentar todo o processo nas redes sociais. Recomendo esta incrível thread.
Outros mostraram o potencial da reatividade a imagem. Aparentemente o GPT4 consegue produzir o código HTML para um website com apenas um desenho em papel. Veja aqui.
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